O Benfica reencontrou-se com as vitórias no Estádio da Luz, ao bater hoje o Nacional, por 2-0, um resultado que reforça o terceiro lugar dos “encarnados” na Liga portuguesa de futebol.
Depois das más experiências vividas com Belenenses e Olympiacos, o vice-campeão nacional recuperou a alegria da conquista dos três pontos em casa, perante um adversário que costuma ser “presa fácil” quando se desloca a Lisboa.
O Nacional, que vinha de três vitórias na prova e poderia chegar a esta oitava jornada à terceira posição, se surpreendesse os pupilos de Jesus na Luz, até nem jogou mal, mas não conseguiu escapar à sina de uma derrota clara.
Na primeira parte, um lance de grande inspiração do brasileiro Siqueira, aos 15 minutos, colocou o Benfica a ganhar, e na segunda, quando se esperava uma reação nacionalista, Cardozo “matou” o jogo, aos 48 minutos, a tirar partido de um deslize do adversário, no seu meio campo.
Quando o Nacional substituiu jogadores e assumiu uma postura mais ofensiva, pouco depois da hora de jogo, Jorge Jesus respondeu bem e trocou o discreto Rodrigo por Ruben Amorim.
Passou a jogar com um meio campo reforçado e dois extremos (4x3x3), um esquema perfeito para melhor conter, nos minutos finais, o ataque nacionalista.
A primeira substituição do Benfica ainda a meio da primeira parte, foi forçada, saindo lesionado o lateral Siqueira e entrando André Almeida.
O brasileiro que veio do Granada fora o grande destaque do jogo, até então, com um magnífico golo a concluir jogada que ele mesmo iniciou.
Primeiro, tabelinha com Gaitan, na esquerda, a fletir para a grande área. Depois, combinação com Cardozo, que lhe reenviou a bola por cima dos defesas, a isolar Siqueira na “cara” de Gottardi.
Cardozo, com essa assistência e mais um golo, é o outro destaque óbvio do Benfica. Sempre lutador, com sentido de posição e também ótimo a encontrar espaços para os seus companheiros.
O golo, logo no início da segunda parte, “nasceu” de uma desatenção do central Miguel, que permitiu que Gaitan e Cardozo aparecessem em situação de dois para um. Depois, bastou um passe “de morte” do argentino para o remate bem colocado do paraguaio.
Com o quarto golo na prova, Cardozo conseguiu fazer esquecer que Lima ficou no banco. Primeiro com Rodrigo atrás e depois como único ponta de lança, fez um grande jogo, aparecendo nos momentos essenciais.
A “despromoção” de Lima surpreendeu, tal como a chamada de Ivan Cavaleiro ao "onze" inicial. O jovem que veio da equipa B ocupou o lugar de Ola John como extremo e fez um jogo tranquilo, até ser substituído, já perto do fim, para a “chuva” de palmas dos adeptos, sempre a valorizar uma opção nacional na sua equipa.
Com Ivan Cavaleiro a começar o jogo e Ruben Amorim e André Almeida suplentes utilizados, foram três os portugueses hoje em ação pelo Benfica – um número invulgar, nos últimos anos.
Antes de começar o jogo, Nuno Gomes, “velha glória” da equipa da Luz, foi homenageado, a propósito do 10.º aniversário do novo estádio.
Foi ele quem marcou o primeiro golo na atual “catedral”, na inauguração oficial, contra o Nacional de Montevideu, passavam seis minutos do apito inicial. Nuno Gomes viria mesmo a bisar, nesse jogo em que os “encarnados” triunfaram por 2-1.
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