Evangelista espera contacto de Carrillo para sindicato poder intervir

“Compete ao jogador decidir aquilo que quer fazer, não vou ser eu a pronunciar-me antes de ele o fazer. O Carrillo sabe que quando quiser tem a porta do sindicato aberta e eu terei todo o gosto em estar ao lado dele a dizer aquilo que ele entender que quer dizer, mas que não possa ser ele a dizer”, afirmou o dirigente à margem de uma cerimónia de homenagem a Eusébio, na abertura de um mestrado na Universidade Lusófona de Lisboa.

O responsável máximo do SJPF disse que gostaria de esta polémica se resolvesse com “elevação”, algo que diz ser “positivo” para o jogador e para o clube, admitindo que não quer contribuir com “ruido” para um clima de maior “conflitualidade”, pois só se sente na obrigação de intervir no processo caso o jogador o solicite.

“Os jogadores são adultos e têm de fazer eles próprios a defesa dos seus interesses. Quando o jogador decidir pedir publicamente a ajuda do sindicato, iremos ajudar. Até lá, gostaríamos de contribuir com uma posição de bom senso, responsável, benéfica para o jogador e o clube. Não quero contribuir para mais ruído e conflitualidade”, disse.

Garantindo que tem estado em permanente contacto com o sindicato peruano, com o qual diz ter excelentes relações, Joaquim Evangelista disse ainda que casos como os de Carrillo são cada vez mais recorrentes no futebol português e que por isso mesmo os jogadores devem estar preparados.

“Os próprios jogadores sabem que na matéria de renovação, caso não se pronunciem antecipadamente e atendendo à dimensão económica do futebol e à rivalidade entre os clubes, devem estar preparados para estas situações, o que não significa que se tenham que sujeitar àquilo que não é razoável e não é legal”, concluiu.

O Sporting instaurou um processo disciplinar a André Carrillo e a “consequente suspensão imediata do jogador”, considerando que o futebolista peruano tem agido de “má-fé” no processo de renovação do contrato.