Liga Campeões: Triunfo na casa do Atl. Madrid marcou trajeto 'encarnado'

Depois de apenas uma qualificação para os ‘oitavos’ na era Jorge Jesus, em seis anos, o treinador Rui Vitória viveu, durante muito tempo, ao ‘sabor’ desse triunfo, numa altura em que, internamente, as coisas estavam longe de correr bem.

Mas, no meio de desaires com Sporting (três, até novembro) e FC Porto), emergiu a vitória na casa dos ‘colchoneros’ - feito apenas ‘replicado’ por FC Barcelona (campeonato) e Celta de Vigo (Taça do Rei) -, selada, ainda por cima, por um produto da formação, o ‘miúdo’ Gonçalo Guedes.

A 30 de setembro, no Vicente Calderón, Gonçalo Guedes deu a melhor sequência, aos 51 minutos, a um cruzamento do argentino Gaitán, que, aos 36, restabelecera a igualdade, assistido por outra aposta da formação (Nélson Semedo).

O Atlético de Madrid até marcou primeiro, pelo argentino Ángel Correa, mas os ‘encarnados’ viraram o resultado e, depois, conseguiram segurar os três pontos, colocando-se com ‘pé e meio’ nos ‘oitavos’ com apenas duas rondas cumpridas.

Antes, a 15 de setembro, o Benfica começara com um triunfo obrigatória por 2-0 na receção aos estreantes cazaques do Astana, graças a outro tento de Gaitán, aos 51 minutos, e a outro do grego Kostas Mitroglou, aos 62.

Com seis pontos, contra três dos espanhóis e um de Astana a Galatasaray, os ‘encarnados’ enfrentaram, com margem de erro, os decisivos confrontos com os turcos, pelo que o desaire por 2-1 em Istambul nada comprometeu.

Os ‘encarnados’ até marcaram primeiro, logo a abrir, aos dois minutos, por Gaitán, que somou o terceiro golo em três jogos com uma ‘obra de arte’, mas Selçuk Inan empatou, aos 19, e, ainda antes do intervalo, aos 33, marcou o alemão Podolski.

Seguiu-se a receção aos turcos, que o Benfica enfrentou ainda na liderança do grupo. A vitória garantia, praticamente, o apuramento e foi conseguida, com um triunfo por 2-1.

O brasileiro Jonas estreou-se a marcar na ‘Champions’, aos 52 minutos, Podolski ainda voltou a fazer ‘estragos’, aos 58, mas, aos 67, o central brasileiro Luisão foi lá à frente e, qual ponta de lança, deu o triunfo às ‘águias’.

Os ‘oitavos’ ficaram à distância de quase nada e foram selados à quinta jornada, mas não em Astana, onde o Benfica não ganhou, mas conseguiu não perder, ao recuperar de uma desvantagem de dois golos e empatar o encontro.

O mexicano Raúl Jiménez foi o ‘herói’ do encontro, com golos aos 40 e 72 minutos, depois de os cazaques, que empataram os três jogos caseiros, chegarem ao intervalo a vencer por 2-0, com tentos de Patrick Twumasi e Marin Anicic.

A equipa ‘encarnada’ não selou o apuramento de imediato, mas consegui-o enquanto cumpria a longínqua viagem desde o Cazaquistão, já que, em Madrid, o Atlético fez o que se esperava, não perdendo com o Galatasaray (2-0).

Já apurado, o Benfica enfrentou a última jornada com a necessidade de conseguir mais um ponto para segurar a vitória no Grupo C, mas, na Luz, não conseguiu parar o Atlético Madrid, que repetiu o 1-2 da primeira volta.

Saúl Ñíguez e Vietto deram dois tentos de vantagem aos ‘colchoneros’, que chegaram a ameaçar o terceiro, mas viram os portugueses ‘regressar’ ao jogo, com um tento de Mitroglou, aos 75 minutos. O empate não chegou.

Os bicampeões nacionais em título terminaram, assim, o Grupo C na segunda posição, com 10 pontos, a três do Atlético de Madrid e com mais cinco do que o Galatasaray, relegado para a Liga Europa, e seis face ao Astana.

Com três golos nas primeiras três rondas, Gaitán foi o melhor marcador dos ‘encarnados’ na fase de grupos, com Mitroglou e Raúl Jiménez a somarem dois. Gonçalo Guedes, Jonas e Luisão apontaram um cada, todos decisivos.