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Treinador sem qualquer título nacional fez campeão inglês um 'onze' de 30ME

Um treinador que nunca havia sido campeão, o italiano Claudio Ranieri, e uma série de jogadores adquiridos da ‘loja dos 300’, para o panorama da ‘Premier League’, fizeram do Leicester o surpreendente campeão inglês de futebol 2015/16.

Treinador sem qualquer título nacional fez campeão inglês um 'onze' de 30ME

O japonês Shinji Okazaki, contratado no último defeso aos alemães do Mainz por 11 milhões de Euros (ME), pode ser considerado a única ‘estravagância’, num plantel cujo ‘onze base’ custou pouco mais de 30 ME.

Juntando os três suplentes mais utlizados, a ‘conta’ sobe mais 10 M, sendo que ainda foram investidos mais quase 20 ME em jogadores muito pouco utilizados, casos de Inler (7,0) e, já em janeiro, Amartey (6,6) e Gray (5.0).

Mesmo somando todo o investimento, o Leicester é - com menos de 50 ME, aos quais ainda há a descontar os 9,1 das vendas de Nugent e Wood -, claramente, o campeão mais barato de Inglaterra em muito tempo.

O triunfo é do coletivo, mas assentou num ‘onze’ base que fez quase todas as ‘despesas’: após 36 jornadas, os 11 jogadores mais utilizados somam 356 presenças na equipa titular em 396 possíveis (89,9 por cento).

Os totalistas Schmeichel e Morgan, Huth (35 jogos de início), Vardy (34), Drinkwater (34), Mahrez (34), Albrighton (33), Kanté (31), Simpson (28), Fuchs (28) e Okazaki (27) foram quase sempre os eleitos de Ranieri para o ‘onze’.

Quanto aos restantes jogadores, as oportunidades não foram muitos, como se comprova pelo facto de Okazaki, o jogador do ‘onze’ habitual menos vezes titular, ostentar quase os mesmos jogos na equipa inicial (27) dos três suplentes mais vezes chamados – Schlupp (14), King (sete) e Ulloa (sete).

O Leicester 2015/16 viveu do ‘onze’, que começou a ser construído no início da temporada 2011/12, há quatro anos, com a contratação do guarda-redes dinamarquês Kasper Schmeichel, ao Leeds, por 1,7 ME.

Ainda na mesma temporada, em janeiro de 2012, chegaram mais dois jogadores, o defesa central jamaicano Wes Morgan, contratado ao Nottingham Förest, por 1,1 ME, e o médio Drinkwater, proveniente do Manchester United, por 900 mil euros, depois de meia época emprestado ao Barnsley.

Em 2012/13, os ‘foxes’ apostaram em Jamie Vardy, avançado ‘perdido’ no Fleetwood Town, pelo qual tinha marcado 31 golos, em 36 jogos, na ‘Conference National’, o quinto escalão do futebol inglês. Tinha 25 anos e custou 1,2 ME.

O quinto elemento chegou na época seguinte, a da vitória no ‘Championship’, mas apenas em janeiro de 2014: o Leicester ‘descobriu’ o extremo argelino Riyad Mahrez no Le Havre, da segunda divisão francesa, contratando-o em troca de 500 mil euros, uma verdadeira ‘pechincha’.

Schmeichel, Morgan, Drinkwater, Vardy e Mahrez ajudaram a equipa a regressar à ‘Premier League’, 11 anos depois, e, no início da época transata, passaram a ter a companhia do lateral direito Danny Simpson, contratado ao QPR por 2,5 ME, e do médio Marc Albrighton, que chegou livre do Aston Villa.

A meio da temporada, em janeiro de 2015, foi incorporado o central alemão Robert Huth - campeão inglês pelo Chelsea, de Mourinho, em 2004/05 e 2005/06 -, emprestado pelo Stoke City e adquirido, seis meses depois, em definitivo, por 4,2 ME.

Após o 14.º lugar da época passada, a 46 pontos do campeão Chelsea e apenas com mais seis do que o despromovido Hull City (18.º), o Leicester juntou as três últimas ‘peças’ para o ‘puzzle’ do ‘onze’ base.

O experiente avançado internacional japonês Shinji Okazaki, proveniente dos alemães do Mainz, foi o mais caro (11 ME), o médio francês Ngolo Kanté, que representava os gauleses do Caen, custou oito, enquanto o lateral esquerdo austríaco Christian Fuchs (ex-Schalke 04) chegou de ‘borla’.

Além destes três jogadores, o Leicester também mudou de treinador, apostando na experiência do italiano Claudio Ranieri, que no seu currículo não somava qualquer título nacional, em quase 30 anos de carreira.

Ranieri já conquistara as taças de Espanha e Itália, a supertaça transalpina e até uma Supertaça Europeia, pelo Valência, às custas do FC Porto, mas, em campeonatos nacionais, tinha-se ficado quatro vezes pelo segundo lugar.

Depois de ser vice-campeão inglês, pelo Chelsea (2003/2004), italiano, por Juventus (2008/09) e Roma (2009/10), e francês, pelo Mónaco (2013/14), Ranieri conseguiu, agora, a mais impensável das conquistas, ao levar o Leicester à vitória na ‘Premier League’.

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