O Benfica apurou-se hoje para a final da Taça da Liga em futebol ao vencer o Sporting de Braga, por 2-1, no Estádio da Luz, apurando-se com a marca de Jonas, cuja entrada virou o jogo e o resultado.
O avançado brasileiro foi poupado por Rui Vitória na primeira parte, deixado no ‘banco’ para o caso de vir a ser preciso, e foi mesmo. Lançado nesta meia-final logo após o intervalo, marcou o golo do empate e efetuou o passe para Jiménez fazer o segundo, que garantiu a presença do Benfica na final.
No entanto, este golo só foi possível porque o guarda-redes do Sporting de Braga, Matheus, cometeu uma fífia ao sair da baliza e ao falhar a interceção da bola que estava ao seu alcance, permitindo que o mexicano se isolasse e fizesse o golo com a baliza deserta.
Detentor do troféu, o Benfica fez uma primeira parte muito frouxa, sem conseguir colocar intensidade e ligação no jogo, lento, previsível, com os jogadores a agarrarem-se excessivamente à bola, por falta de linhas de passe, perante um Sporting de Braga mais consistente e homogéneo a defender e perigoso nas saídas para o ataque.
Numa delas, aos 19 minutos, Rafa, descaído para a esquerda e à entrada da área, rematou fora do alcance de Ederson, fazendo a bola entrar junto ao poste mais distante, num golo que traduzia o desempenho da melhor equipa em campo até esse momento.
O Benfica acusou as muitas alterações introduzidas por Rui Vitória, que alinhou apenas com três titulares habituais - Ederson, Lindelof e Renato Sanches -, o que se tornou notório pela falta de ligação entre os vários setores, com reflexos na dinâmica ofensiva da equipa perante um adversário rotinado e que é coletivamente forte.
Todavia, o jogo virou na segunda parte, Rui Vitória trocou desinspirado Renato Sanches por Jonas, fez recuar Talisca para o meio-campo e o Benfica foi outro após o intervalo, mais rápido, mais agressivo quer na recuperação da bola quer nas saídas para o ataque, mais ligado e mais acutilante.
Antes do golo de Jonas, aos 58 minutos, numa jogada que o brasileiro iniciou e finalizou, após um passe de rutura de Carcela, já o Benfica tinha criado dois lances de muito perigo junto à área minhota, com Salvio como protagonista.
O Sporting de Braga deixou de conseguir travar o Benfica no seu meio-campo e de sair com perigo para as suas transições ofensivas, como aconteceu na primeira parte, e a equipa ‘encarnada’ tornou-se muito mais incisiva nas penetrações na defesa minhota.
Aos 68 minutos, Jiménez quase fez o 2-1, numa bola ‘picada’ por Carcela para a área, com o mexicano a dominar e a rematar à meia volta, fazendo a bola passar ao lado do poste.
Três minutos depois surgiu o lance que decidiu a partida, Jonas viu a desmarcação de Jiménez, efetuou um lançamento longo, Matheus saiu da baliza como lhe competia, mas depois falhou o alívio da bola e deixou-a ao alcance do avançado mexicano, que fez o 2-1 com a baliza escancarada.
Nos últimos dez minutos, a equipa minhota, já com Stojiljkovic em campo em detrimento de Wilson Eduardo, ainda fez um ‘forcing’ para chegar ao empate e forçar os penáltis, mas o Benfica defendeu bem e segurou a preciosa vantagem.
A 20 de maio, no Estádio Cidade de Coimbra, o Benfica marca presença na final pela sétima vez, reeditando a final de 2015 com o Marítimo, e vai tentar juntar mais um troféu aos seis conquistados nas oito edições anteriores.