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Cilcismo: André Cardoso guarda o sonho de vencer uma etapa no Giro

André Cardoso viajou para Apeldoorn (Holanda) com o sonho de ajudar o colombiano Rigoberto Urán a vencer a Volta a Itália em bicicleta, mas também o de, finalmente, erguer os braços numa etapa.

Cilcismo: André Cardoso guarda o sonho de vencer uma etapa no Giro

“Realmente as expetativas são elevadas. Temos um líder sólido - não é que não o tivéssemos antes -, mas o Rigo já fez por duas vezes segundo [2013 e 2014], está a atingir uma maturidade grande e acho que este ano é um ano em que ele pode ganhar. Estamos todos com bastante ilusão e bastante empenhados nessa meta”, disse o ciclista português da Cannondale à agência Lusa desde Apeldoorn, Holanda, onde na sexta-feira arranca a 99.ª edição do Giro.

Com André Cardoso, os objetivos dos seus líderes vêm sempre primeiro, só depois há espaço para os seus sonhos: “Eu gostava era de ganhar uma etapa. Se um dia a estratégia da equipa passasse por eu estar em fuga para salvaguardar o líder e, eventualmente, surgisse a oportunidade de disputar a etapa, preferia trabalhar nesse sentido e ter essa sorte do que atingir outra vez um ‘top-20’. Não é que não seja gratificante, mas é sempre um lugar que vem por acréscimo”.

Aos 31 anos, ‘Cholas’ soma a sua terceira presença consecutiva no Giro e não podia estar mais satisfeito no papel de gregário de luxo dos chefes de fila da Cannondale.

“Gosto bastante do meu trabalho, gosto bastante desta missão e deste papel que a equipa me passa, porque acho que estas também são as minhas caraterísticas. Sou um ciclista que em provas de três semanas tem sempre regularidade e, no fundo, eles transmitem-me essa confiança, porque sabem que no momento da verdade estarei lá para deixar a camisola por ele [líder]”, assumiu à Lusa.

O corredor luso não esconde que gostava de estar na Volta a França, para um dia poder contar ao filho que esteve na prova rainha do calendário velocipédico internacional, mas mostra-se orgulhoso por ter sido um dos nove eleitos para o principal objetivo da equipa para esta temporada.

É com entusiasmo que fala de Rigoberto Urán, o colombiano que esta época se transferiu para a Cannondale e que será o seu ‘patrão’ nas 21 etapas que vão ligar Apeldoorn a Turim, onde, a 29 de maio, será coroado o sucessor do espanhol Alberto Contador (Tinkoff).

“O ‘Rigo’ é um ciclista talhado para este tipo de provas, provas de três semanas. É um ciclista que gosta bastante de Itália e noto nele que tem este sonho por realizar. Está quase à imagem do Cândido Barbosa”, brincou.

E o ciclista de Gondomar fala com experiência de causa depois de um estágio prolongado da equipa no Teide, uma zona vulcânica de Tenerife (Espanha), onde a guarda de honra do colombiano esteve concentrada a fazer trabalho específico de preparação para o Giro.

Na opinião do ciclista de Gondomar, os grandes adversários de Urán serão os espanhóis Alejandro Valverde (Movistar) e Mikel Landa (Sky) e o italiano Vincenzo Nibali (Astana).

“Claro que há sempre surpresas, temos muitos jovens a aparecer, como o [Ilnur] Zakarin, que é um ciclista que a cada momento parece estar mais forte, entre outros que sabemos que são perigosos e podem estar acima do habitual. Mas, quanto a mim, o pódio estará entre os homens que referi”, considerou.

Único representante nacional na prova italiana, Cardoso reconhece que seria melhor se tivesse um compatriota no pelotão.

“É sempre bom ter outros portugueses. Há momentos para tudo: há momentos de concentração, outros de ‘relax’. Para que as pessoas percebam, há etapas em que se a fuga se der nos primeiros quilómetros, dá sempre para conversar com os amigos. Tendo um ou dois portugueses dá sempre para nos rirmos um bocadinho. Recordo que no ano passado, na Volta a Espanha, nos juntávamos cá atrás. Era bonito”, lembrou.

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