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Jurgen Klopp e Diego Simeone: dois treinadores muito especiais

Este bem pode ser o ano da consagração para Klopp e Simeone. Se o Atlético de Madrid está em mais uma final da Liga dos Campeões em muito o deve ao trabalho do treinador argentino. Já por seu lado, Klopp conseguiu levar o Liverpool a mais uma final europeia, desta feita a Liga Europa, algo que já não acontecia desde a época 2004-2005 quando se sagrou campeão europeu no mítico jogo em que esteve a perder por 3-0 ao intervalo, frente ao Milan. Mas afinal o que faz de Klopp e Simeone dois treinadores à parte?

Jurgen Klopp e Diego Simeone: dois treinadores muito especiais

Numa era em que o futebol anda demasiado formatado, ter dois treinadores com a personalidade de Jurgen Klopp e Diego Simeone é uma lufada de ar fresco! No mundo do futebol já não existem segredos, todos sabem como o adversário treina, os discursos são quase sempre politicamente corretos e qualquer desvio é castigado de forma exemplar pelas instâncias futebolísticas mundiais.

No aspeto futebolístico a ‘era Guardiola’ no Barcelona pareceu condicionar muita gente a fazer diferente. Depois dos anos de glória dos catalães no futebol mundial muitos foram aqueles que quiseram replicar a ideia de jogo do ainda treinador do Bayern de Munique. Basta passar uma vista de olhos pela imprensa, ouvir alguns comentadores na televisão ou ler certos blogues para se perceber a boa imagem que Pep Guardiola possui. O mérito é dele, mas há mais vida para além de Guardiola.

É inegável, o técnico catalão é um dos melhores treinadores do mundo e terá, muito provavelmente, o seu lugar garantido na História do futebol. No entanto, não é o único da sua classe e, como tal, todos aqueles que não alinham pela filosofia futebolística do catalão devem ser igualmente respeitados. Diego Simeone e o seu Atlético de Madrid merecem esse respeito.

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Algo que nem sempre acontece quando certas personalidades analisam a equipa dos ‘colchoneros’. É verdade que o futebol apresentado pelo Atlético de Madrid não é o mais espetacular, mas aquilo que faz deles uma equipa diferente de todas as outras é a sua enorme solidariedade e a sua força de vencer. Esta é a imagem de marca da equipa e qualquer plantel que se preze deve ter uma identidade própria.

Não vejo muitos clubes no mundo com uma ideia de jogo tão bem definida. Os princípios de jogo do Atlético de Madrid são claros e independentemente de ter mais ou menos posse de bola (um dos conceitos da moda e que pouco quer dizer, sinceramente) o futebol dos ‘colchoneros’ não pode ser desvalorizado. Desde que Simeone chegou ao Atlético de Madrid o clube não deixou de ser competitivo e ganhar. Mesmo na derrota a filosofia de jogo da equipa não é traída. Nada disso é fruto do acaso, existe aí trabalho e muita competência.

Outro dos treinadores do momento é Jurgen Klopp. O alemão reconstruiu um Borussia de Dortmund completamente destroçado. A sua passagem por Dortmund jamais será esquecida e ainda hoje, apesar do excelente trabalho de Thomas Tuchel, são muitos aqueles que recordam com saudade Klopp.

O alemão, após um ano sabático, decidiu aceitar o desafio do Liverpool e ocupou o lugar que era de Brendan Rodgers a meio da época. Foi o suficiente para a cidade de Liverpool acordar da letargia em que se encontrava. Em poucos meses Klopp revolucionou o futebol dos ‘reds’ e, mesmo que na Premier League as coisas nem sempre tenham corrido como previsto, pode-se dizer que o balanço é positivo. A nível internacional Jurgen Klopp acabou de qualificar o Liverpool para a final da Liga Europa. O alemão vive o futebol e comunica como poucos. Ver Klopp no banco de suplentes é assistir a um espetáculo dentro do próprio espetáculo.

Treinadores como Klopp e Simeone fazem falta ao futebol mundial. Tentar vender a ideia de que existe uma forma perfeita de jogar futebol é um erro. No fundo, o que interessa é a paixão pelo jogo. Quer se chamem Guardiola, Mourinho, Simeone, Klopp, Ancelotti ou tantos outros o que interessa no fim é ganhar e conquistar o respeito dos jogadores e adeptos. Se isso é feito com mais ou menos posse de bola, com futebol de ataque total ou com equipas a jogarem somente com as linhas baixas cabe a cada treinador decidir o que é melhor para a sua equipa. Da minha parte Klopp e Simeone já conquistaram o meu respeito pelo simples facto de terem dado um contributo enorme para a diversidade da modalidade.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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