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Euro-2016: Uma final, três 'meias', dois 'quartos' e nenhum título

A seleção portuguesa de futebol terminou quatro fases finais no pódio e as outras duas em que participou nos oito melhores, mas nunca conseguiu o tão ambicionado título europeu, a ‘cereja’ há muito prometida.

Euro-2016: Uma final, três 'meias', dois 'quartos' e nenhum título

Os títulos mundiais e europeus da formação, e dos clubes, e os mais altos prémios individuais dos jogadores lusos nunca tiveram correspondência numa grande vitória da principal equipa das ‘quinas’, nomeadamente no campeonato da Europa, mesmo tendo jogado uma final em casa, e com a Grécia.

Portugal, que só se estreou em 1984, mas não falha uma edição desde 1996, esteve várias vezes perto do sonho, mas houve sempre um ‘pormenor’, do francês Platini aos penáltis com a Espanha, passando pelo ‘chapéu’ de Poborsky, a mão de Abel Xavier ou a cabeça de Charisteas, em plena Luz.

Uma final, três meias-finais e dois quartos de final é, assim, o balanço, um registo em que não se pode deixar de destacar a ausência de qualquer eliminação na fase de grupos, mas que só não acabou em enorme frustração em 2008, num 2-3 com a Alemanha, mais claro do que os números mostram.

Os outros desaires também foram por um golo, mas custaram bem mais: especialmente o 0-1 na final com a Grécia, em 2004, em casa, mas também os dois desaires com a Franças nas ‘meias’, ambos após prolongamento e depois de Portugal estar na frente.

A seleção lusa falhou consecutivamente o apuramento para os Europeus de 1960 a 80, apesar de, pelo meio, ter sido terceira no Mundial de 66 e de, entre portas, contar com uma das melhores equipas do continente, o Benfica, campeão europeu em 1961 e 62 e ‘vice’ em 63, 65 e 68, só com portugueses.

Em 1984, Portugal chegou, finalmente, a uma fase final, depois de um ‘duelo’ até ao último jogo com a União Soviética, que sucumbiu a um penalti de Jordão, conquistado por Chalana, na Luz, depois de ter arrasado (5-0) o conjunto de Otto Glória.

O brasileiro demitiu-se após a goleada em Moscovo e foi Fernando Cabrita (mais Toni, José Augusto e António Morais) que levou Portugal às meias-finais, depois de passar um grupo com RFA (0-0), Espanha (1-1) e Roménia (1-0).

Um golo de Nené selou as ‘meias’, nas quais Portugal começou a perder, mas deu a volta, já no prolongamento, com um ‘bis’ de Jordão, oferecido por Chalana: o sonho esteve a cinco minutos, mas a anfitriã França ainda virou para 3-2, selado por Michel Platini, aos 119 minutos. Começou o ‘fado’.

A presença de 1984 superou as expetativas, mas não teve seguimento, já que Portugal falhou os Europeus de 1988 e de 1992, que ainda é o último sem a seleção lusa. Voltou apenas em 1996, na primeira vez da ‘geração de ouro’, os campeões mundiais de juniores, com Carlos Queiroz, em 1989 e 1991.

Portugal voltou a abrir com um empate (1-1 com a Dinamarca) e, depois, bateu Turquia (1-0) e as ‘reservas’ de uma Croácia já apurada (3-0), para, nos ‘quartos’, sucumbir ao ‘chapéu’ de Karel Poborsky, checo que viria a jogar no Benfica.

Em 2000, perante Inglaterra, Alemanha e Roménia, parecia impossível passar a fase de grupos, mas os comandados de Humberto Coelho estiveram arrasadores, começando por virar de 0-2 para 3-2 com os ingleses, para selaram o apuramento logo ao segundo jogo, face aos romenos (1-0).

Já apurado, Portugal, com uma equipa de ‘reservas’, ainda afastou e humilhou a Alemanha (3-0, com um ‘hat-trick’ de Sérgio Conceição), antes de afastar a Turquia, por 2-0, com um ‘bis’ de Nuno Gomes - servido por Figo - e um penalti detido por Vítor Baía.

O então jovem avançado viria a dar vantagem a Portugal nas ‘meias’, no reencontro com a França, mas os gauleses conseguiram, novamente, a reviravolta, desta vez com Zinedine Zidane a decidir, com um ‘golo de ouro’, de grande penalidade, aos 117 minutos, após polémica mão de Abel Xavier.

A formação das ‘quinas’ foi, depois, a anfitriã do Euro2004 e começou da pior forma, com uma derrota perante a Grécia (1-2), que, quem diria então, voltaria a estragar a festa lusa, agora sem remissão, na final (0-1).

Entre os dois embates com os helénicos, Portugal, comandado pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari, começou por superar a fase de grupos ‘in-extremis’, com um golo de Nuno Gomes à Espanha (1-0), após bater uma Rússia cedo reduzida a 10 (2-0).

Seguiu-se um memorável embate com a Inglaterra, resolvido, após intensos 120 minutos (2-2), na ‘lotaria’ (6-5), com dois momentos para a lenda de Ricardo (defesa de um penálti sem luvas e golo da vitória) e um de Hélder Postiga (penalti à Panenka, que poderia ter custado o adeus).

O apuramento para a final, face à Holanda (2-1, com tentos de Cristiano Ronaldo e Maniche, este autor de um golo monumental), acabou por ser o mais fácil, até que tudo se desmoronou na cabeça de Angelos Charisteas.

Em 2008, Portugal começou com dois triunfos (2-0 à Turquia e 3-1 à República Checa), selando desde logo os ‘quartos’, mas, depois, ‘desapareceu’ (0-2 com a Suíça, ainda na primeira fase, e 2-3 com Alemanha), no que constituiu uma despedida amarga para Scolari, entretanto comprometido com o Chelsea.

Finalmente, em 2012, a formação de Paulo Bento começou com um desaire por 1-0 face à Alemanha, mas ‘retificou-o’, com triunfos complicados face à Dinamarca (resolveu Varela, aos 87 minutos) e Holanda (‘bis’ de Ronaldo).

Cristiano Ronaldo voltou a resolver nos ‘quartos’, face à República Checa (1-0), mas já não conseguiu ser fator perante a Espanha, que ganhou na ‘lotaria’ (4-2), após 120 minutos sem golos. Falharam João Moutinho e Bruno Alves.

Entre 10 de junho e 10 de julho de 2016, Portugal cumpre a sua sexta fase final consecutiva e sétima da sua história, sendo que a fase de grupos se afigura com um ‘passeio’, face a Islândia, Áustria e Hungria.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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