Euro-2016: Declarações após o País de Gales-Bélgica

Chris Coleman (selecionador do País de Gales): "Sonhem, não tenham medo de sonhar. Há quatro anos estava muito longe de tudo isto e olhem o que se passou. Se trabalharem com força e não tiverem medo do fracasso... tenho mais insucessos que sucesso, mas não tenho medo de falhar e hoje saboreio este momento tão doce.

Estivemos bem com a bola e defendemos quando era necessário, como soldados. É a euforia total, sei que a minha equipa está à altura e pode competir com qualquer uma. O verdadeiro desafio não são os adversários, somos nós mesmos. Ramsey é um dos melhores jogadores do torneio, é uma grande deceção (que não possa jogar contra Portugal, por amarelos), mas fizeram o que tinham de fazer, o que a equipa precisava. O país está orgulhoso, eu estou orgulhoso.

Tudo isto é muito novo para nós. A última campanha assim foi no Mundial de 1958. Não temos de esquecer o que temos feito na competição e vamos ser fiéis à nossa identidade."

Marc Wilmots (selecionador da Bélgica): "Jogámos com uma defesa de 23 anos de média de idade. Fizemos três jogos sem sofrer golos e no último treino lesionou-se um segundo defesa titular, as coisas são assim. Faltaram automatismos e comunicação, não se fazem num dia. Não sou um feiticeiro. Cometemos muitos erros frente a uma grande equipa. Não vamos fazer como aconteceu antes, não vamos sacrificar os rapazes. São jovens e têm potencial."

Axel Witsel (jogador da Bélgica): "É uma desilusão terrível. Estamos abatidos, porque acreditávamos, mas regressamos a casa. Estivemos bem no jogo até ao minuto 25. Depois aconteceu o golo, num momento mais parado. Sofremos golos que poderíamos ter evitado. Vertonghen e Vermaelen (que não jogaram) são jogadores importantes, mas temos de jogar sem eles. Nunca dissemos que íamos à final, mas queríamos dar tudo para isso."

Robson-Kanu (jogador do País de Gales, marcador do 2-1): "Estamos encantados, já há muitos anos que trabalhamos para isto. Demos à nação muito orgulho em nós. No início da campanha de qualificação fomos considerados um 'outsider', mas sabíamos que tínhamos qualidades. Era um verdadeiro objetivo chegar aos quartos de final, mas o jogo que hoje fizemos é uma verdadeira recompensa para todos os jogadores, a equipa técnica e todo o país. No meu golo, recebi a bola nos pés, preparei o remate e consegui concretizar a ocasião. Estamos encantados, mas somos profissionais e temos um jogo marcado, não sei se vamos ter oportunidade de festejar hoje. Vamos começar a preparar o jogo contra Portugal logo de manhã."