Crónica: Sp. Braga 'nervoso' vence Tondela ingénuo e ultrapassa Sporting

Com este triunfo, os minhotos ultrapassam o Sporting e chegam ao pódio, a dois pontos do FC Porto e seis do Benfica, enquanto o Tondela vai continuar em último, tendo somado a 11.ª derrota em 17 jornadas.

Os quase sete mil espetadores assistiram a um jogo muito fraco de ambas as equipas, com especial responsabilidade para o Sporting de Braga, equipa com outras ambições e meios e que jogava em casa perante o último classificado.

A semana foi conturbada em Braga com o episódio da despromoção à equipa B de Bakic e, sobretudo, de André Pinto, até agora um dos capitães da equipa, e a intranquilidade passou para os jogadores, que realizaram uma das piores primeiras partes da temporada.

A equipa de Jorge Simão apresentou-se nervosa, sem ideias e intensidade, mas acima de tudo com pouca bola - e sem ela não é possível atacar.

O Tondela, apesar de ter feito uma primeira parte razoável, foi o adversário ideal para o Braga nesta altura, porque, além das dificuldades em marcar, demonstrou muitas lacunas defensivas.

Ainda assim, e mesmo não fazendo um grande jogo, a equipa agora comandada por Pepa dispôs das melhores situações de perigo no primeiro período, como logo aos cinco minutos em que Jaílson apareceu sem marcação já bem dentro da área e remate de primeira, mas Marafona ‘salvou' com o pé direito.

Miguel Cardoso (37) e Jhon Murilo (40) voltaram a assustar o guarda-redes do Braga, cujo lance de maior perigo só surgiu aos 42 minutos, com Rodrigo Pinho, de cabeça, a atirar ligeiramente ao lado.

A segunda parte começou praticamente com o golo do Sporting de Braga, um lance algo caricato, com Ruca a ‘assistir' autenticamente Rui Fonte com um corte disparatado: o avançado, na cara de Cláudio Ramos, não perdoou, apesar do guarda-redes ainda ter tocado na bola (49).

A partir daqui o Tondela desapareceu e foi o Braga, mesmo a continuar a jogar mal, a estar mais perto de marcar, com Rui Fonte (59) e, principalmente, Wilson Eduardo (77) a desperdiçarem boas ocasiões.

O segundo dos ‘arsenalistas' chegaria mesmo, por Rui Fonte, que com um belo cabeceamento deu a melhor sequência a um canto de Wilson Eduardo (82).

Já depois de nova lesão de um central ‘arsenalista' (Velázquez), nos últimos minutos o Tondela podia ter marcado, primeiro enviou a bola ao poste após um livre (89) e depois Wagner rematou muito mal com Murilo melhor colocado (90+1), mas o resultado não se alterou.