Declarações após o jogo Tondela-Marítimo (1-1), da 23.ª jornada da Primeira Liga, disputado hoje em Tondela.
Pepa (treinador do Tondela): "Foi um jogo muito disputado, muito intenso, no qual o golo cedo deu mais domínio e posse territorial à equipa do Marítimo. Agora, com as ocasiões que tivemos, principalmente no contra-ataque, não soubemos matar o jogo, mesmo que o 2-0 seja sempre um resultado perigoso. Faltou-nos eficácia. Queríamos muito regressar às vitórias em casa, porque a escassez de jogos é cada vez maior. Fizemos tudo por isso, contra uma equipa bem organizada, com bons jogadores e valores individuais, mas nós não fomos eficazes.
Há duas situações que marcam o jogo: o lance do canto, em que fomos ingénuos, porque não podemos ficar com menos um homem quando sabíamos que o Marítimo era muito forte nas bolas paradas. Essa situação desorganizou-nos e isso marcou-nos. O outro lance foi o do penálti: é caricato, porque no último jogo em casa sofremos um golo de penálti aos 80 e foi o golo que ditou a derrota. Hoje não conseguimos marcar. Mas, quero reforçar que o Wagner entrou muito bem, é um profissional tremendo. Vem de uma lesão de um mês, entrou muito bem, ajudou a equipa, foi infeliz naquele lance, mas tem muita qualidade e vai-nos ajudar no futuro.
Não gosto de falar com os jogadores com a cabeça quente, temos tempo para analisar as coisas a frio. Agora, o que se sente ali é um pouco de frustração, porque foi um jogo difícil, intenso e tivemos várias situações para matar o jogo, na cara do guarda-redes. É um ponto, a frustração foi muita, porque queríamos muito os três. Nos últimos 10 minutos, o Marítimo aproveitou o desnorte que tivemos. Tenho que admitir que, depois do penálti, ficámos nervosos e ansiosos e isso podia-nos ter custado ainda mais do que custou.
Estamos em último, por isso, duro é sempre, temos de ser grandes homens e guerreiros para lidar com isso. O nosso pensamento tem de ser já o Paços [de Ferreira], não temos tempo para nos lamentar."
Daniel Ramos (treinador do Marítimo): "Fizemos um bom jogo em termos gerais, cometemos alguns erros, é um facto, mas os jogadores fizeram o que lhes pedi: uma entrada forte no jogo, para tentar chegar primeiro ao golo. Não foi possível, era um dos objetivos. Na primeira abordagem, com alguma sorte à mistura, com alguns ressaltos, o Tondela fez 1-0 e sentiu-se um bocadinho mais confortável. Tentámos sempre, sem perder a paciência e a nossa organização, criar oportunidades, não foi possível até ao intervalo. Sabíamos que era extremamente importante não permitir o 2-0, nem errar, pois sabíamos que iríamos estar mais perto de ganhar com o 1-1, do que o Tondela. Quando o conseguimos, concedemos um penálti que podia ter sido evitando, permitimos que o Tondela também fosse explorando alguns erros nossos. Houve comportamentos de que não gosto tanto, em termos de partir o jogo e isso levou a que o jogo ficasse um pouco perigoso até ao final.
Não precisávamos de arriscar tanto como o Tondela, mas por aquilo que foi o jogo, pelas oportunidades, foi um jogo emotivo, o empate aceita-se e a vitória podia ter sido para qualquer uma das equipas, pelas oportunidades e porque o Tondela também fez pela vida. Vamos para casa com um ponto, queríamos, três, mas vamos com o sentimento de que fizemos por tentar o melhor.
A equipa está bem, está a jogar. Não está a conseguir ganhar mas está próximo de o fazer. Não está a perder, porque empata, quando não consegue vencer.
Para ir a Europa não chega [ir empatando quando não se consegue vencer]. São as vitórias que possam vir a acontecer nas próximas jornadas que vão dizer se podemos lutar pelas competições europeias. Não estamos pressionados por um objetivo que não foi definido quando me pediram para assumir a equipa. Pediram-me a manutenção e está mais que garantido."
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