Crónica: Paços Ferreira vence Sp. Braga e fica mais perto da permanência

Sempre melhores em todo o jogo, os pacenses chegaram à vantagem aos 30 minutos, por Luiz Phellype, que fechou a contagem aos 87, na transformação de uma grande penalidade. André Leal, aos 51, de livre direto, e Rodrigo Pinho, para os minhotos, aos 72, marcaram os restantes golos.

Com esta importante vitória, confirmando a tradição pacense nos jogos na Capital do Móvel entre as duas equipas para a I Liga (nove vitórias dos pacenses em 20 jogos contra apenas seis dos minhotos), o Paços ascendeu ao 12.º lugar, com 32 pontos, e tem a permanência praticamente assegurada, enquanto o Braga mantém 51 e marcou passo na luta pelo quarto lugar com o Vitória de Guimarães, que tem 53 e ainda vai jogar hoje.

Vasco Seabra, no Paços de Ferreira, devolveu a titularidade ao defesa direito João Góis, face ao castigo de Bruno Santos, que na visita ao Boavista (0-0) viu o nono cartão amarelo da temporada, e trocou no ataque Ricardo Valente por Ivo Rodrigues.

No Braga, Jorge Simão, com sete baixas, a maioria por lesão, viu-se novamente forçado a mexer em todos os setores da equipa, face aos castigos do lateral Baiano, do médio Vukcevic e do avançado Rui Fonte, titulares no empate caseiro diante do FC Porto (1-1), optando por Paulinho, Xadas, em estreia a titular, e Stojilkovic.

A primeira parte foi muito intensa e teve nas duas equipas uma entrega total ao jogo, com os jogadores a disputarem cada lance como se fosse o último. Os locais perceberam a importância de limitarem os espaços aos minhotos, num campeonato à parte com o Guimarães pelo quarto lugar, e procuram jogar sempre em antecipação.

Com muitas alterações, o Braga sentia dificuldade em pensar o jogo de forma coletiva, tentou explorar as ações iniciativas individuais, através de Battaglia no corredor central, mas também de Paulinho ou Djavan nas laterais, mas as dificuldades em chegar à área pacense mantinham-se.

O primeiro remate enquadrado do jogo surgiu somente aos 20 minutos e foi protagonizado por Pedro Santos, antes de Ivo Rodrigues, protagonista de uma das melhores exibições, quase marcar, em jogada individual.

Estava dado o mote para o golo inaugural, aos 30 minutos, num lance em que André Leal, beneficiando de um ressalto, ganhou a bola e assistiu, na área, Luiz Phellype, que se limitou a encostar, batendo Matheus.

O Braga regressou do intervalo com vontade de mudar o resultado, mas os locais mantiveram a organização e a pressão, ganhando quase sempre as segundas bolas, e, como corolário da melhor exibição da equipa esta época, chegaram ao segundo golo, aos 51 minutos, por André Leal, na cobrança exímia de um livre direto, a castigar uma fata de Paulinho sobre Ivo à entrada da área.

A reação do Braga foi ténue e surgiu num remate de Rodrigo Pinho, aos 63 minutos, antes de Rafael Defendi comprometer, nove minutos depois, ao largar uma bola fácil que o mesmo jogador aproveitou para reduzir e relançar os minhotos na discussão do resultado.

Esperava-se um Braga ainda mais forte, mas aconteceu o contrário, pertencendo ao Paços, sempre mais tranquilo, os melhores lances. A equipa acabou mesmo por resolver o jogo aos 85 minutos, numa grande penalidade duvidosa, por mão de Ricardo Ferreira (ficou a sensação de que a falta foi cometida fora da área), que Luiz Phellype converteu em golo, selando o regresso aos triunfos, após sete jogos sem vencer.