Crónica: Vitória aguenta triunfo sobre o Chaves com ‘susto’ a acabar

A equipa de Pedro Martins aguentou o melhor início do Chaves e alcançou uma vantagem de três golos, ao marcar por Zungu, aos 23 minutos, por Hurtado, aos 32, e por Raphinha, aos 57, mas, nos minutos finais, os flavienses ainda ‘assustaram' com dois golos de William, aos 80 e aos 88.

Os jogadores transmontanos revelaram mais acerto no passe e mobilidade nos primeiros 10 minutos e aproveitaram o espaço criado junto à área contrária para tentarem alvejar as redes à guarda de Miguel Silva, com Bressan a atirar ligeiramente por cima, aos cinco minutos, e Matheus Pereira, o elemento mais desequilibrador dos flavienses, a obrigar Miguel Silva a defesa apertada, no minuto seguinte.

O Chaves, que continua sem vencer em Guimarães, voltou à carga num remate de Davidson, ao minuto 10, mas, a partir daí, a formação de Pedro Martins tornou-se mais agressiva e estancou o perigo adversário, apesar de, em termos ofensivos, se limitar a bolas longas para o trio da frente.

A equipa minhota assumiu, gradualmente, o controlo das operações e, depois de Pedro Henrique, aos 17 minutos, e de Hurtado, aos 23, terem falhado cabeceamentos em boa posição, chegou à vantagem, ainda aos 23, quando Zungu recebeu a bola de Hurtado no interior da área e colocou-a entre as pernas de Ricardo para apontar o seu primeiro golo na I Liga, no arranque da segunda época em Portugal.

Com o golo, o Vitória acentuou o domínio perante um adversário que deixou de criar perigo em ataques rápidos e ainda falhou uma ocasião por Estupiñán, aos 29 minutos, antes de dilatar a vantagem, num lance em que Raphinha atingiu a linha de fundo pelo lado direito, soltou a bola para João Aurélio e este colocou na pequena área para Hurtado encostar para a baliza deserta, aos 32.

Os flavienses esboçaram uma reação nos minutos finais da primeira parte e Matheus Pereira ainda ameaçou reduzir, de livre, aos 42 minutos, já depois de Estupiñán ter falhado o terceiro golo vitoriano, isolado perante Ricardo.

Luís Castro trocou Davidson por Hamdou Elhouni, logo após o intervalo, para tentar inverter os acontecimentos, e o Chaves até surgiu com iniciativa, mas voltou a ser traído por um erro defensivo, desta vez de Rúben Ferreira, que permitiu a Raphinha isolar-se e atirar fora do alcance de Ricardo.

O jogo parecia resolvido, e Hurtado ainda falhou o quarto golo vitoriano, aos 68 minutos, mas a equipa ‘azul e grená' manteve a atitude ofensiva e ainda fez dois golos, ambos por William - o primeiro num cabeceamento bem colocado, de cima para baixo, após cruzamento da direita - e o segundo num remate no interior da área, que ainda tabelou no poste, antes de entrar.

Com o jogo em aberto, os transmontanos balancearam-se no ataque para tentar o empate, mas não criaram mais ocasiões para bater novamente Miguel Silva.