Declarações após o jogo Sporting de Braga-Portimonense (2-1), da segunda jornada I Liga de futebol, hoje disputado em Braga.
Abel Ferreira (treinador do Sporting de Braga): "Em parte sim, concordo [que o momento decisivo foi o golo do Xadas].
Não entrámos com intensidade e dinâmica que queríamos no início do jogo, vamos refletir e perceber se os 120 minutos com o AIK, de grande intensidade física e psicológica, e a seguir um jogo com o Benfica, sempre a correr atrás do resultado, tiveram influência.
Hoje, a verdade, é que nada fazia prever que não entrássemos dinâmicos, [mas] o treinador do Portimonense conhece-me muito bem, sabe como as minhas equipas jogam, é uma equipa muito forte nas transições, deu-nos a iniciativa consentida do jogo, baixou as linhas e saiu muito em transições.
Sofremos o golo e o adversário continuou com as linhas muito cerradas e juntas, mas, como já disse antes, um jogador do Braga tem que assumir e arriscar e foi o que o Xadas fez, hoje foi ele, amanhã pode ser o Ricardo Horta ou Fábio Martins.
Além do golo do Xadas, destaco a paciência dos adeptos, era muito fácil haver intranquilidade, um assobio e isso condiciona ainda mais a equipa e a decisão. É nestes momentos que precisamos dele, do 12º jogador, que pode fazer a diferença.
Na segunda parte, fomos mais dinâmicos, tivemos mais oportunidades de golo, fizemos o segundo e podíamos ter feito o terceiro.
Amanhã [segunda-feira] vamos reunir com o gabinete de otimização desportiva, o GOD, e vamos escolher os que tiverem em melhores condições para a próxima batalha [o jogo de quinta-feira com o FH Hafnarfjordur, da Liga Europa].
[Repetição da má entrada em jogo justifica-se porque] estamos no início da época, há muitos jogadores novos, este é um clube grande e os jogadores têm que se sentir confortáveis. Conheço estes jogadores como a palma da minha mão, foi um trabalho exaustivo, sei que têm qualidade e que é um clique que as vitórias ajudam a dar.
[Rosic ficou de fora] por opção. Temos 24 jogadores famintos de uma oportunidade, essa é a minha função. Estou muito satisfeito com o que tem feito, veio muito determinado e focado em melhor em certos aspetos e conto com todos.
Desde que [o Sporting de Braga] faça mais [golos] do que sofre, por mim está ótimo. Há um processo, esta é uma equipa que se expõe ainda muito às transições e temos falado muito do momento da perda de bola. Há jogadores que sentiram algumas dificuldades por terem 50 metros nas costas, mas o Braga tem de jogar assim e correr riscos".
Vítor Oliveira (treinador do Portimonense): "Saio com amargo de boca pelo que as equipas produziram, não por ter estado a ganhar, isso faz parte do jogo, mas a divisão de pontos seria mais de acordo e mais justo por tudo o que se passou dentro das quatro linhas.
Vitória justa, as equipas que marcam mais golos vencem sempre de forma justa, parabéns ao Braga e ao Portimonense, que fez um bom jogo, embora não tenha sido capaz de segurar a vantagem que legitimamente alcançou.
O momento do jogo é o golo no último minuto dos descontos da primeira parte, que veio alterar o perfil psicológico das duas equipas. Teria sido muito confortável para nós entrar na segunda parte a ganhar, mas um golo fantástico de um grande jogador, penso que dentro de pouco tempo iremos ouvir falar dele com muita frequência.
Na segunda parte, o Braga foi melhor, pressionou-nos mais e nós não conseguimos sair tão bem como na primeira parte.
[O Portimonense foi menos acutilante na segunda parte] por causa do desgaste provocado pelo calor e pelo Braga, que é uma excelente equipa, com objetivos substancialmente diferentes dos nossos e teve mérito. Alguns jogadores acabaram desgastados e as substituições não foram capazes de catapultar a equipa.
Fizemos um jogo compatível com o que seria expectável para uma equipa como o Portimonense, em casa do Braga, uma das melhores equipas portuguesas. Somos uma equipa de raiz da II Liga e demos uma boa resposta, mas não jogámos sozinhos".
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