Rui Vitória: «Não vamos esconder a cabeça na areia»

«Entrámos fortes na primeira parte, convictos e a ter, praticamente, o controlo da partida. Fizemos um golo, tivemos ocasiões para fazer mais e tínhamos que, naquela altura, ter feito mais golos.

Na segunda parte, entrámos também da mesma maneira, só que acaba por haver um lance de bola parada e depois um livre que alteram aquilo que foi o cariz do jogo, porque depois a equipa acabou por funcionar um bocadinho mais com ansiedade e com o coração a funcionar e o esclarecimento acabou por ser menor.

Desde o início, a equipa foi à procura do golo. Poderíamos ter aproveitado melhor as situações com qualidade que tivemos na primeira parte, mas isso não aconteceu.

Há dois lances que acabam por surgir. Este resultado não é justo perante aquilo que aconteceu, mas acabou por ser justo porque o Boavista é que marcou dois golos e nós um. São dois lances que acontecem e, infelizmente, aconteceu-nos a nós.

Ambiente no balneário? Estamos a trabalhar com jogadores que são tetracampeões e somos campeões quer nas alturas das derrotas quer nas vitórias.

Há uma coisa que tiramos deste jogo, que é a revolta e o orgulho presentes.

Já passamos por situações difíceis na vida enquanto equipa e já ultrapassámos situações complicadas. Entender e aceitar que é um momento que não foi agradável é o primeiro caminho. Não vamos esconder a cabeça na areia.

Este é um resultado que não queríamos. Trabalhamos bem em alguns momentos, com falta de alguma clarividência noutros, não queríamos que isto acontecesse, mas já não podemos voltar atrás. O passo seguinte é cada vez estarmos mais unidos.

A confiança que tinha nos meus jogadores é aquela que vou continuar a ter.

'Frango' de Bruno Varela? Aqui, funcionamos assim: aqui ganhamos todos, há sempre um que empurra a bola para baliza, mas ganhamos todos, e, quando perdemos, perdemos todos. Perdemos, perdemos, todos e estamos todos tristes».