Mundial-2018: Pelé é o 'rei', o único tricampeão Mundial

Pelé ajudou o Brasil a ganhar os seus três primeiros cetros, no espaço de 12 anos, em 1958, na Suécia, em 1962, no Chile, e em 1970, no México, sendo o único tricampeão, em 20 edições de uma prova que se disputou pela primeira vez em 1930.

O ‘rei’, atualmente com 77 anos (nasceu a 23 de outubro de 1940, em Três Corações), já sabe, aliás, que manterá o estatuto após o Mundial de 2018, na Rússia, já que nenhum dos 20 bicampeões permanece no ativo.

Aquele que é para muitos o melhor jogador da história ganhou o seu primeiro cetro com apenas 17 anos, o que explica, em grande parte, que mais nenhum dos outros jogadores da equipa de 1958 tenham estado na edição de 1970.

Pelé foi determinante no primeiro e terceiro títulos, ao contrário do que aconteceu em 1962, mas apenas por culpa de uma lesão, que só lhe permitiu participar nos dois primeiros encontros, da fase de grupos.

Em 1958, o ‘miúdo’ foi mesmo o melhor marcador do ‘escrete’, com seis tentos, todos a eliminar: um ao País de Gales (1-0, nos quartos de final), três à França (5-2, nas meias-finais) e dois à anfitriã Suécia (5-2, na final).

Doze anos depois, no México, já um ‘veterano’, esteve mais discreto, mas, ainda assim, ‘apareceu’ na final, a inaugurar o marcador frente à Itália (4-1), aos 18 minutos, rumo à conquista da Taça Jules Rimet.

Pelo meio, em 1962, ainda conseguiu marcar um golo no primeiro dos dois jogos que disputou, frente ao México (2-0), sendo que, no total, coroou as suas quatro presenças em fases finais (só não venceu em 1966) com 12 tentos.

Na lista de jogadores com mais de um triunfo no Mundial, e além de Pelé, constam 20 jogadores, 15 dos quais brasileiros e entre eles 13 companheiros de equipa do ‘rei’ nas edições de 1958 e 1962, casos de Garrincha, Zagalo, Gilmar, Didi ou Vavá.

Após a Rimet, apenas dois ‘bisaram’, o lateral direito Cafú, único jogador que marcou presença em três finais (1994, 1998 e 2002), e o avançado Ronaldo, segundo melhor marcador da história dos Mundiais, com 15 golos, ambos vencedores em 1994 e 2002.

Entre os bicampeões mundiais, constam ainda quatro italianos (Giuseppe Meazza, Giovanni Ferrari, Eraldo Monzeglio e Guido Masetti), que ganharam em 1934 e 1938.

O único jogador sem ser brasileiro ou italiano na lista é o central argentino Daniel Passarella, que ‘capitaneou’ a equipa em 1978 e viu do banco Diego Armando Maradona levar os ‘albi-celestes’ ao cetro em 1986.

Após o Mundial de 2018, que se realiza na Rússia de 14 de junho a 15 de julho, nenhum jogador chegará ao ‘tri’ de Pelé, mas há muitos candidatos a engrossar o lote de bicampeões.

Os alemães Neuer, Hummels, Özil, Müller, Kroos, Boateng, Ginter, Draxler e Khedira, todos campeões em 2014, poderão, sendo chamados, ‘bisar’, tal como os espanhóis Iniesta, Piqué, Sergio Ramos, Busquets, David Silva ou Reina, vencedores em 2010.

Jogadores com mais títulos mundiais

Pelé (Brasil) 3 (1958, 1962, 1970)
Giovanni Ferrari (Itália) 2 (1934, 1938)
Giuseppe Meazza (Itália) 2 (1934, 1938)
Eraldo Monzeglio (Itália) 2 (1934, 1938)
Guido Masetti (Itália) 2 (1934, 1938)
Carlos Castilho (Brasil) 2 (1958, 1962)
Luiz Bellini (Brasil) 2 (1958, 1962)
Gilmar Neves (Brasil) 2 (1958, 1962)
Didi (Brasil) 2 (1958, 1962)
Mário Zagalo (Brasil) 2 (1958, 1962)
Djalma Santos (Brasil) 2 (1958, 1962)
Zozimo (Brasil) 2 (1958, 1962)
Garrincha (Brasil) 2 (1958, 1962)
Nilton Santos (Brasil) 2 (1958, 1962)
Mauro Oliveira (Brasil) 2 (1958, 1962)
Zito (Brasil) 2 (1958, 1962)
Vavá (Brasil) 2 (1958, 1962)
Pepe (Brasil) 2 (1958, 1962)
Daniel Passarella (Argentina) 2 (1978, 1986)
Cafu (Brasil) 2 (1994, 2002)
Ronaldo Nazário (Brasil) 2 (1994, 2002)