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Mundial-2018: Bale vai continuar de 'fora', com Di Stéfano, Best ou Cantona

Gareth Bale, que em 2016 conduziu o estreante País de Gales às meias-finais do Europeu, é, quatro anos volvidos, de novo o grande ausente do campeonato do Mundo de futebol, entre os jogadores que nunca disputaram a competição.

Mundial-2018: Bale vai continuar de 'fora', com Di Stéfano, Best ou Cantona

O falhanço da Itália retira da Rússia jogadores como Gianluigi Buffon, Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci ou Ciro Immobile, para não falar de Mario Balotelli, mas todos eles estiveram no Brasil, em 2014, ao contrário do jogador do Real Madrid.

Bale já não é, como em vésperas da edição 2014, o número 1 do ‘ranking’ das transferências mais caras de sempre, pois foi, entretanto, ultrapassado por Neymar, Coutinho, Dembelé e Pogba, mas, aos 28 anos, continua a ser um ‘fora de série’.

O jogador ‘merengue’ não conseguiu, porém, repetir o que fez na qualificação para o Euro2016 e o País de Gales voltou a ficar de fora, ao ser apenas terceiro do Grupo D, atrás da Sérvia, que se qualificou, e da República da Irlanda, afastada no ‘play-off’.

Nascido a 16 de julho de 1989, o que significa que completará 29 anos no dia a seguir a final do Mundial2018, Bale vai, assim, manter-se na lista de grandes ‘lendas’ que nunca estiveram na fase final de um Mundial, junto, por exemplo, ao compatriota Ryan Giggs, atual selecionador dos galeses.

Vencedor de duas ‘Champions’ e 13 edições da Liga inglesa, pelo Manchester United, Giggs, que terminou a carreira em 2013/14, também foi vítima dos consecutivos falhanços do País de Gales, que continua a só ter uma presença, há 60 anos, em 1958.

Bale, que ainda pode sonhar com o Qatar2022, com 33 anos, e Giggs são dois dos mais ilustres membros de um ‘clube’ no qual nenhum futebolista quererá entrar, apesar da companhia de ‘lendas’ como Alfredo Di Stefano, George Best ou Eric Cantona.

A lista inclui também Valentino Mazzola, Duncan Edwards, Laszlo Kubala, Bernd Schuster, Ian Rush, George Weah e também muitos emblemáticos jogadores lusos, casos de Peyroteo, e dos restantes ‘violinos’, Fernando Chalana ou Humberto Coelho.

Alfredo Di Stéfano foi ‘Bola de Ouro’ em 1957 e 59 e é a grande referência da história do Real Madrid, tendo sido decisivo na conquista das primeiras cinco edições da Taça dos Campeões Europeus, entre 1956 e 60.

Nascido em 04 de julho de 1926, em Buenos Aires, e falecido em 07 de julho de 2014, em Madrid, foi melhor marcador dos campeonatos de Argentina, Colômbia e Espanha (cinco vezes) e internacional pelos três países.

Estas ‘trocas’, então permitidas, custaram-lhe a presença na fase final do Mundial de 1954, pois não lhe foi concedido jogar pela Espanha, que viria a falhar em 1958 e voltou em 1962, mas sem ‘La Saeta Rubia’, ausente devido a lesão.

Di Stéfano, será, assim, o melhor jogador da história entre os que nunca estiveram em Mundiais, mas não foi a única ‘lenda’, bastando lembrar George Best, que teve o ‘azar’ de nascer em Belfast, na Irlanda do Norte.

Considerado um dos melhores jogadores britânicos da história, o sempre irreverente Best encantou no Manchester United, numa relação que teve como ponto alto o título europeu conquistado em Wembley (1968), face ao Benfica.

Por diversas vezes, a Irlanda do Norte esteve perto de se qualificar para o Mundial na ‘era’ Best, mas quando o conseguiu, em 1982, já era tarde demais para o então ex-‘7’ do United, com 36 anos e ‘perdido’ nos Estados Unidos.

A lista dos ‘7’ do United é composta por enormes jogadores, como o português Cristiano Ronaldo, e inclui outra grande ‘estrela’ que nunca disputou um Mundial, o francês Eric Cantona, o preferido de muitos adeptos do clube de Manchester.

Entre 1987 e 1995, Cantona representou a França por 45 vezes (20 golos), mas, ainda a atuar em ‘casa’, não foi eleito para o Mundial de 1990 e, quatro anos volvidos, os gauleses falharam o apuramento para o Mundial dos Estados Unidos.

Desta forma, o jogador que mais brilhou ao serviço do Manchester United na década de 90, com exibições e golos memoráveis, bem como um pontapé, estilo ‘kong fu’, a um adepto, nunca pôde mostrar a sua arte num Mundial.

Sem presenças por culpa dos sucessivos falhanços do País de Gales, ficou, como Giggs e agora Bale, o avançado Ian Rush, que brilhou intensamente no Liverpool, equipa na qual atuava na mesma altura um guarda-redes que também nunca pôde ir a uma fase final, o zimbabueano Bruce Grobbelaar.

A nacionalidade explica igualmente as ausências do avançado liberiano George Weah, ‘Bola de Ouro’ e ‘Jogador do Ano’ da FIFA em 1985, do médio Abedi Pelé – o Gana só se estreou em 2006 - ou do avançado finlandês Jari Litmanen.

Entre os grandes ausentes entram também duas vítimas de tragédias, de dois acidentes de avião: o italiano Valentino Mazzola perdeu a vida em Superga (1949), a um ano de poder brilhar no Mundial de 1950, e o inglês Duncan Edwards, de 21 anos, faleceu na sequência do desastre de Munique (1958).

Se uns não puderam, outros não quiseram, caso de Bernd Schuster, o brilhante médio da seleção alemã que, depois de encantar no Europeu de 1980, levando a RFA ao cetro, abandonou a ‘Mannschaft’ aos 24 anos, por desentendimentos com o selecionador e algumas das ‘estrelas’ da seleção.

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