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FC Porto: Esta época é apenas consequência de três anos de facilitismo

As duas últimas décadas do futebol português foram quase inteiramente dominadas pelo FC Porto. Desde que chegou à liderança dos azuis e brancos, Pinto da Costa construiu uma nova era no panorama do desporto-rei nacional. Agora, no ocaso do seu percurso, o clube vive um momento muito delicado. Não pelo que já aconteceu, mas sim pelo que ainda poderá acontecer.

FC Porto: Esta época é apenas consequência de três anos de facilitismo

Eliminado da Liga Europa e fora das contas do título, o FC Porto já só poderá conquistar a Taça de Portugal ou a Taça da Liga. Nesta época, começou com Paulo Fonseca no banco de suplentes e terminará, tudo indica, com Luís Castro. Acima de tudo, o momento atual dos dragões é reflexo da má gestão desde a saída de André Villas-Boas.

As estatísticas dizem que Villas-Boas rumou ao Chelsea, mas o FC Porto continuou a ganhar. Sem nunca convencer, Vítor Pereira conseguiu um bicampeonato e apenas uma derrota na Liga Zon Sagres durante esse período. Uma série de 60 partidas quase perfeita! De qualquer forma, notava-se já uma equipa muito dependente de algumas unidades específicas e a ganhar em termos internos, acima de tudo, devido a falta de capacidade dos seus rivais mais diretos.

Todos se lembram da forma como o FC Porto conquistou o último campeonato: aos 90+2’, com um tento tardio de Kelvin, jogador que pouco mais fez na invicta do que esse golo (que valeu um título!). Nesse ano, o Benfica teve nas mãos a possibilidade de uma temporada gloriosa, mas deixou o pássaro voar. Os azuis e brancos aproveitaram. A grande diferença é que as águias não parecem agora com vontade de facilitar. A aliar a isso, um Sporting em crescendo e que promete causar ainda mais estragos em 2014-15.

A má gestão (e o facilitismo) do FC Porto notou-se principalmente devido à facilidade com que ficaram fechadas contratações como as de Danilo (18 milhões, Santos) e o modo como foram resolvidos os processos de Rolando e Alvaro Pereira, atletas que saíram muito mal. Iturbe, por exemplo, parece servir para todas as equipas menos para o FC Porto e Quintero tarda em justificar o rótulo de craque.

Se este FC Porto foi cumprindo em termos internos (e este ano não cumprirá), nunca o conseguiu na exigente Europa. Nas últimas três épocas, caiu nos 16-avos-de-final da Liga Europa (Man City), nos oitavos-de-final da Champions League (Málaga) e novamente na Liga Europa (quartos-de-final, Sevilha). Deixou sair unidades como Hulk, João Moutinho, James Rodriguez e Lucho Gonzalez, não contratando ninguém com capacidade para os substituir. Este ano, Fernando e Jackson Martinez também poderão rumar a outras paragens e, no Estádio do Dragão, poderá ficar uma equipa ainda mais frágil.

Paralelamente, os rivais de Lisboa, Benfica e Sporting, parecem ter encontrado um rumo, que seguem a trilhar com passos seguros. Os primeiros estão mais uma vez em abril, com a possibilidade de tudo vencerem. Os segundos vão crescendo, apoiados por uma formação que continua a dar frutos. O FC Porto não aproveita a formação. Nos últimos anos de Pinto da Costa, urge-se uma reação. Falta saber se já não é tarde demais...

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