Liga Europa: Rio Ave 0-3 Dínamo de Kiev (declarações)

Pedro Martins (treinador do Rio Ave): “Teria feito a mesma coisa. Defrontámos uma grande equipa, muito pragmática, muito objetiva, com jogadores de qualidade, o que também fez a diferença.

Na primeira parte, tivemos alguma dificuldade, também devido ao vento - que soprou intensamente na primeira parte e na segunda já não, infelizmente -, nos primeiros 20 a 25 minutos. Depois, conseguimos equilibrar e podíamos ter feito o 2-1.

Na segunda parte, entrámos bem e podíamos, mais uma vez, ter reentrado na discussão do resultado, mas não conseguimos concretizar. O resultado, na minha perspetiva, é excessivo.

O Dínamo de Kiev ganhou bem e não há nada a dizer. Vamos continuar a trabalhar.

Um agradecimento à massa associativa, que percebeu as nossas dificuldades e apoiou sempre os jogadores.

Foi um jogo menos bom, em que não conseguimos o nosso objetivo, que eram pontos. O Rio Ave continua a ser o mesmo e o futuro é já amanhã. Estamos preparados”.

Tarantini (jogador do Rio Ave): “É preciso ver que jogámos contra uma equipa muito forte. Eles marcaram numa altura em que nós estávamos por cima no jogo.

Eles entraram melhor e nós entrámos um pouco receosos, o que é normal, pois é a nossa estreia nestas competições, mas acho que estamos de parabéns, na medida em que fizemos o que podemos e o que nos competia para conseguir outro resultado.

Na segunda parte, até conseguimos criar uma ou outra oportunidade, que podia ter virado o jogo.

Sabemos o que queremos e que defrontámos um adversário muito forte. Queríamos outro resultado, mas não foi possível.

Queria agradecer às pessoas que nos vieram apoiar. Podiam ter sido mais, mas as que vieram foram importantes para nos fazer acreditar que era possível”.

Cássio (guarda-redes do Rio Ave): “Agradecer às pessoas que vieram. O estádio não esteve tão cheio como nas eliminatórias, mas esteve uma boa casa.

Queríamos um bom resultado, também para eles, mas não há dúvida que o Rio Ave é um estreante nas competições europeias, enquanto o Dínamo já tem muitas andanças nestas competições, seja na Liga Europa ou na Champions.

Foi só um resultado negativo e esperarmos reverter esta situação já no domingo, com o Arouca.

Ir ao intervalo a perder por 2-0 não é fácil. Sabíamos que tínhamos de entrar forte, também pela situação do vento. Se tivéssemos feito um golo, podíamos voltar. Tivemos oportunidades, mas não conseguimos. Eles fizeram o 3-0 e ficou ainda mais difícil”.

Miguel Veloso (jogador do Dínamo de Kiev): "É sempre bom regressar a casa. Acho que fizemos um bom jogo. Acabámos por ter a felicidade de fazer dois golos muito cedo e isso facilitou a nossa tarefa. Penso que foi uma vitória justa.

O primeiro passo é passar a fase de grupos. Depois, qualquer equipa pode ter o sonho de poder e querer chegar à final. É isso que nós pretendemos.

Regressei tarde, por causa do Mundial. Quando regressei, joguei o primeiro jogo, mas tive um contratempo, uma contratura, e depois tive duas semanas parado, por causa de uma entorse num pé. Só acabei por treinar na semana antes de vir à seleção.

Agora, só quero treinar, de forma a poder ajudar o Dínamo. Todos os jogadores querem jogar e eu estou a trabalhar para ficar na melhor forma possível”.

(Mudança de rumo na seleção) Infelizmente, quando as coisas correm mal, acaba-se por duvidar um pouco de tudo e acho que foi isso que aconteceu. Acho que, se calhar, o timing não foi o certo, mas as pessoas que dirigem assim o decidiram e não há muito a dizer, mas há que pensar à frente a fazer o nosso melhor.

Acho que sim (que o Paulo Bento tinha margem de manobra para continuar na seleção). Infelizmente, as pessoas têm memória curta, mas o futebol é assim. O que é verdade hoje, amanhã é mentira e agora não há muito para dizer, mas para fazer.

(Perfil do novo selecionador?) O selecionador que a federação e o presidente assim decidirem, será. E terá toda a confiança”.