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Bloco de Notas: A afirmação de CR7 como símbolo nacional

Aos 29 anos, Cristiano Ronaldo está no topo do Mundo. Conquistou a terceira Bola de Ouro da sua carreira e parece, mais do que nunca, ao nível de Lionel Messi. Por cá, o menino nascido na Madeira tornou-se num verdadeiro símbolo nacional, respeitado por miúdos e graúdos. É que nem sempre foi assim…

Bloco de Notas: A afirmação de CR7 como símbolo nacional

Em 2002-03, quando começou a dar os primeiros passos na equipa sénior do Sporting, Cristiano Ronaldo era apenas um jovem talentoso e com um leque infindável de fintas. Envergonhado, o madeirense não se sentia bem perante as câmaras e os portugueses não o levavam a sério.

Ainda em Alvalade, conquistou o exigente Alex Ferguson num amigável entre Sporting e Manchester United, rumando a Old Trafford no ano seguinte. O seu inglês era um desastre e, com alguma troça, os portugueses lá iam falando no Cristiano Ronaldo: ‘Tem jeito para o futebol, mas não deve muito à inteligência e, assim, muito dificilmente será como Luís Figo’. Ouvi isto vezes sem conta.

Com o Euro-2004 e o Mundial-2006, aos poucos, Cristiano Ronaldo foi sendo encarado como um jovem que poderia ambicionar algo mais do que apenas ficar pela classe média dos futebolistas europeus. Por isso, a Bola de Ouro conquistada em 2008, ainda no Man Utd, deu razão àqueles que sempre acreditaram no madeirense e alertou os mais desconfiados para o verdadeiro valor de CR7.

Em 2009, após resistir a um primeiro assédio do Real Madrid, Cristiano Ronaldo tomou a complicada decisão de abandonar o Man Utd. Milhares assistiram à sua apresentação no Santiago Bernabéu, naquela que foi e continua a ser a transferência mais cara da História do futebol mundial.

Entre 2008 e 2013 passou uma ‘travessia do deserto’. Ganhou poucos títulos com a camisola do Real Madrid e viu o rival Lionel Messi conquistar a Bola de Ouro por quatro vezes seguidas. Ainda mostrou o seu desagrado à FIFA e ao Mundo ao não aparecer numa das consagrações do argentino. Uma atitude que, apesar de não ser a mais elegante, conseguiu unir a nação portuguesa em torno do seu herói, que reclamava mais reconhecimento das entidades que regulam o futebol europeu e mundial.

Esperou, sobretudo nunca desanimou, e o seu tempo chegou. No dia 12 de janeiro de 2015, em Zurique, na Suíça, Cristiano Ronaldo somou a terceira Bola de Ouro da sua carreira, a segunda consecutiva, mostrando, pela primeira vez, um nível incontestavelmente superior ao do seu rival Lionel Messi. Dias antes havia sido inaugurada a sua estátua no Funchal, a cidade onde deu os primeiros pontapés na bola.

Em 2015, 13 anos após 2002, quando ainda era um menino, Cristiano Ronaldo já é encarado com toda a seriedade pelo povo português. Por miúdos sonhadores e graúdos realistas. Não terá sido por acaso a sua distinção como melhor futebolista português de todos os tempos pela Federação Portuguesa de Futebol, no evento Quinas de Ouro.

Hoje, Cristiano Ronaldo já fala completamente descontraído perante uma câmara, domina o inglês e o espanhol, não se inibe de mostrar imagens públicas da relação com o filho e continua a ganhar títulos pessoais e coletivos, batendo recordes todas as semanas.

Hoje, CR7, o homem que tornou o seu nome numa das marcas mais valiosas do planeta, já é um símbolo nacional e património português. Acima de tudo, para mim, Ronaldo será sempre recordado como um exemplo de trabalho e determinação sem limites!

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