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Bloco de Notas: O futebol exige respeito!

Escrevi, neste espaço, no dia 22 de Fevereiro de 2014, um texto intitulado «O amadorismo do futebol português» e que abordava alguns dos erros cometidos no futebol nacional. Passado um ano vemos que pouco ou nada mudou. A recente polémica entre Sporting e Benfica em nada engrandece um desporto em que as atenções devem estar centradas nos jogadores e treinadores.

Bloco de Notas: O futebol exige respeito!

Caros leitores, deixem-me começar este texto de opinião por uma simples pergunta: Quantos de vós sabem quem são os presidentes do Manchester United, Arsenal, Borussia Dortmund ou Liverpool?

Acredito que poucos saberão responder a esta pergunta. Não é por estarem desatentos ou terem pouca cultura futebolística, mas sim, simplesmente, porque os presidentes dos clubes que referi em cima não são protagonistas, ou seja, são dirigentes que passam despercebidos.

Infelizmente por cá (e não só, mas aqui convém analisar o futebol nacional), não podemos dizer o mesmo. Existe um excesso de protagonismo por parte dos dirigentes portugueses. Poucos são aqueles que passam despercebidos. A mais recente polémica do futebol luso levou ao corte de relações entre Sporting e Benfica. Sinceramente, não me interessa saber quem tem razão até porque nestas situações a culpa nunca pode ser de um só. Pelo contrário, custa-me entender como Bruno de Carvalho (mais uma vez!) e Luís Filipe Vieira se viram envolvidos numa troca de galhardetes quando uma simples conversa privada entre ambos poderia ter sanado qualquer desentendimento.

Os principais dirigentes do futebol português, e aqui também não ponho de parte Pinto da Costa que já muito contribuiu para polémicas no futebol nacional, estão sempre muito sedentes de protagonismo. É óbvio que a culpa também é da comunicação social. Com três jornais desportivos diários e inúmeros programas televisivos sobre futebol é preciso arranjar conteúdos. É, por isso, é natural que haja sempre um jornalista pronto para esticar um microfone a certas figuras ligadas ao mundo do futebol que muitas vezes pouco ou nada acrescentam ao desporto-rei.

O futebol é um negócio e como qualquer negócio tem de ser acarinhado. A melhor forma de o potenciar é deixar os protagonistas brilharem. É a jogadores, treinadores e, porque não, aos árbitros que se deve deixar espaço mediático. São eles o principal suporte do futebol. Como podemos pedir a alguns adeptos que se comportem adequadamente num estádio quando os dirigentes passam a vida com agressões verbais e polémicas sem sentido?

O exemplo vem de cima. Costuma-se dizer que a prova de uma boa arbitragem é quando não se dá pela presença do árbitro em campo. Cá vai uma boa dica para alguns dirigentes: tornem-se irrelevantes! A importância de um dirigente não se mede pelo tempo de antena, mas sim pelo número de troféus conquistados e pela forma como este consegue potenciar a marca do clube que representa. É tempo de demonstrar mais respeito, o futebol agradece!

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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