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CRISE NA FIFA: Reveja a cronologia dos acontecimentos

Reveja o filme dos acontecimentos da detenção de dirigentes, ex-dirigentes e parceiros da FIFA, indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por crimes de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos.

CRISE NA FIFA: Reveja a cronologia dos acontecimentos

Quarta-feira, 27 de maio:

|| O jornal norte-americano New York Times noticia de madrugada que vários dirigentes da FIFA tinham sido detidos na Suíça, a pedido da Justiça norte-americana, que solicitou a sua extradição para que sejam julgados por corrupção. A operação foi levada a cabo pela polícia suíça, nas primeiras horas do dia, no luxuoso hotel Baur au Lac, nos Alpes, onde os dirigentes se reuniam para o congresso da FIFA.

|| O Ministério da Justiça e a polícia da Suíça confirmam a detenção, por acusações de corrupção, de seis altos dirigentes da FIFA, num hotel em Zurique. As autoridades helvéticas indicaram que se prevê a sua extradição para os Estados Unidos, onde as autoridades de Nova Iorque os investigam por terem, alegadamente, aceitado subornos desde o início dos anos 1990.
Poucas horas depois, a FIFA assegura que Joseph Blatter e Jerome Valcke, presidente e secretário-geral do organismo, não estão implicados no caso de corrupção que está a ser investigado pelas autoridades suíças.

|| Ao final da manhã, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou oficialmente que indiciou nove dirigentes e ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos.

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão, assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol). Os outros dirigentes indiciados são o brasileiro José María Marín, o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Júlio Rocha, Jack Warner, de Trindade e Tobago, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

No centro da investigação está o grupo brasileiro Traffic, dono do Estoril-Praia e detentor de direitos televisivos de importantes competições de futebol, cujo patrão, o brasileiro José Hawilla, assumiu as acusações e aceitou colaborar com a justiça norte-americana na investigação.

|| Ao final do dia, o comité executivo da UEFA defendeu o adiamento do congresso da FIFA e das eleições para a presidência da organização, agendadas para sexta-feira, 29 de maio.

|| A FIFA anunciou, entretanto, a suspensão provisória de 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

|| Em comunicado, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, reage pela primeira vez para assegurar que os implicados no escândalo de corrupção serão excluídos do futebol. “É um momento difícil para o futebol, para os adeptos e para a FIFA. Este tipo de comportamentos não tem lugar no futebol e nós vamos assegurar-nos que os implicados serão excluídos do jogo”, disse.

Quinta-feira, 28 de maio:

|| O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente da UEFA, Michel Platini, juntam-se aos que defendem a demissão de Blatter. Da Confederação Africana de Futebol (CAF) e do presidente russo, Vladimir Putin, vêm declarações de apoio. Os principais patrocinadores da organização de cúpula do futebol mundial mostram-se preocupados.

|| O Ministério Público da Suíça informou que não está, para já, a planear ouvir Joseph Blatter.

|| Durante a tarde, o presidente da FIFA abriu o congresso da instituição, em Zurique, falando da "vergonha e humilhação" sentidas pela detenção de vários dirigentes do futebol mundial, afirmando que "os suspeitos detidos lançam a vergonha e a humilhação" sobre o futebol.

Na sua intervenção, o dirigente admitiu que muitos o consideram o responsável último em face dos acontecimentos, mas afirmou que não consegue “monitorizar todos ao mesmo tempo” e prometeu lutar para fazer a FIFA “avançar e resolver as coisas” – não dando nenhuma indicação de que pensa afastar-se ou adiar as eleições.

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