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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, poderá agora assistir confortavelmente aos jogos na sua terra natal, Felcsut, onde foi inaugurado hoje um estádio ultramoderno de 3.500 lugares numa localidade com 1.750.
Criticado por muitos como uma extravagância dispendiosa, o Pancho Arena, um estádio com 3.500 lugares, próximo da casa de Viktor Orban em Felcsut, situada no centro da Hungria, a 45 quilómetros a oeste de Budapeste.
O Pancho Arena – Pancho era uma alcunha do lendário futebolista húngaro Ferenc Puskas, que morreu em 2006 – será a base permanente da Academia Puskas FC, uma equipa que joga na primeira divisão do campeonato húngaro.
Viktor Orban - que aos 50 anos começa um segundo mandato de primeiro-ministro após a vitória do seu partido conservador (Fidesz) nas eleições de 06 de abril - assistiu num luxuoso camarote à inauguração do novo estádio, que contou ainda com a presença de figuras históricas do futebol húngaro.
Orban criou em 2007 a Academia Puskas FC e, desde que entrou para o Governo, em 2010, forneceu milhões de euros aos clubes do futebol húngaro para que pudessem melhorar e construir novos estádios.
Os críticos disseram que a Academia Puskas FC não reúne mais que uma centena de espetadores por semana e afirmaram ainda que um estádio daquele tamanho é inútil.
O custo do estádio e seu modo de financiamento são igualmente criticados, num momento que a economia húngara luta para sair da recessão que atinge o país.
O custo do projeto, 13 milhões de euros, foi assegurado em parte pelo Estado e em parte pelas doações de companhias ligadas ao partido Fidesz.
“O Pancho Arena é um monumento à corrupção e à megalomania”, declarou aos jornalistas um membro da oposição, Szarvas Koppany Bendeguz.
Dos antigos companheiros de Puskas na lendária equipa da Hungria dos anos de 1950, como Jeno Busanszky e Gyula Grosics, participaram da cerimónia de inauguração do estádio, bem como Amancio e Pirri, do Real Madrid dos anos de 1960.
Antes da cerimónia, Orban inaugurou no terreno uma estátua em bronze de Puskas.
“Esperamos que os nossos jovens possam aprender (…) vendo que um rapaz da província (como Puskas) pode ser uma grande estrela”, disse o primeiro-ministro.
