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LE/Final: Vinte anos após o 6-3 de João Pinto, nove depois do 1-0 de Luisão

O Benfica vai jogar quarta-feira a sua 10.ª final europeia de futebol, frente ao Sevilha, em Turim, num dia em que se cumprem 20 anos de um dos seus triunfos recentes mais marcantes, o 6-3 em Alvalade.

LE/Final: Vinte anos após o 6-3 de João Pinto, nove depois do 1-0 de Luisão

A 14 de maio de 1994, no jogo decisivo para a atribuição do título de 1993/94, os “encarnados”, liderados por Toni, chegaram ao reduto do Sporting com um ponto de vantagem e saíram de lá com três, após uma exibição para a lenda de João Vieira Pinto.

O agora diretor da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) rubricou a melhor atuação da sua carreira, com três golos na primeira metade, aos 30, 37 e 44 minutos, “desfazendo”, sozinho, um poderoso Sporting, comandado por Carlos Queiroz.

Sob chuva, o Benfica, que chegou a estar a perder por 1-0 (marcou Cadete) e 2-1 (Figo), venceu, com Rui Costa como suplente, o “jogo do título”, também com um “bis” de Isaías e um tento do central Hélder Cristóvão, que, aos 74 minutos, fez o 6-2.

Aos 80 minutos, de grande penalidade, o búlgaro Balakov ainda reduziu para o “mítico” 3-6, que teve um significado ainda mais especial para os “encarnados” por tudo o que acontecera no defeso, pelo que o Sporting foi “roubar” à Luz.

Aproveitando-se de uma delicada situação financeira do Benfica, o clube de Alvalade “gamou” aos “encarnados” Paulo Sousa e Pacheco e esteve quase a garantir João Vieira Pinto, sendo que também tentou Rui Costa, do qual levou nega imediata.

O Sporting parecia ter tudo para acabar com uma seca que, então, durava desde 1981/82, mas o Benfica, que já havia triunfado na Luz por 2-1, “tramou” os “leões” em Alvalade, numa época que o treinador dos “encarnados” geriu com enorme mestria.

Nesse embate, em Alvalade, Toni escalou Veloso, Mozer, Hélder e Kenedy, para atuarem à frente do guarda-redes Neno, sempre “aflito” nos cantos, um meio campo com Abel Xavier, Vítor Paneira, Isaías e Schwarz e um ataque com Ailton e João Vieira Pinto.

Envoltos em incontornáveis problemas disciplinares, Yuran e, por arrastamento, Kulkov não foram convocados, enquanto Rui Costa ficou no banco, numa decisão inesperada de Toni. O “10” viria a entrar, aos 72 minutos, tal como Rui Águas, aos 79.

O 14 de maio de 1994 entrou, assim, a letras de “ouro” para a história do Benfica, sendo que, 11 anos depois, um outro 14 de maio, de 2005, também ficou para a “eternidade”, em novo triunfo dos “encarnados” sobre o Sporting, agora na Luz.

Na penúltima ronda do “nacional” 2004/2005, os “leões” chegaram à Luz na frente, com os mesmos pontos do Benfica, mas vantagem no confronto direto (2-1 em Alvalade, com “bis” de Liedson), e só precisavam de um empate.

O “nulo” foi-se mantendo e, quando já parecia inamovível, aos 84 minutos, Luisão chegou mais alto de cabeça do que o guarda-redes Ricardo com as mãos e selou o triunfo do “onze” comandado por Giovanni Trapattoni.

Nesse encontro, o italiano fez alinhar o guarda-redes Quim, os defesas Miguel (Mantorras entrou, aos 79 minutos), Ricardo Rocha, Luisão e Dos Santos, os médios Petit, Manuel Fernandes e Nuno Assis (João Pereira, aos 86), os extremos Geovanni e Simão e o ponta de lança Nuno Gomes (Alcides, aos 89).

O Benfica ficou a um ponto do título, que conquistou na última ronda, no Bessa, frente ao Boavista (1-1), colocando, na altura, um ponto final numa “seca” de títulos que durava precisamente desde 1993/94, desde aquele outro jogo de 14 de maio, do 6-3.

Agora, 20 anos depois do 6-3 e nove após do 1-0, que “selaram” os títulos 30 e 31, o Benfica pode voltar a fazer história a 14 de maio. Bater o Sevilha, significa acabar com um seca de vitórias na Europa que dura desde 1961/62. Foi há 52 anos.

As fichas dos dois jogos:

Época 1993/94 (30.ª jornada).
14 de maio de 1994.
Jogo no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
Sporting - Benfica, 3-6.
Ao intervalo: 2-3.
Marcadores:
1-0, Cadete, 08 minutos.
1-1, João Pinto, 30.
2-1, Figo, 35.
2-2, João Pinto, 37.
2-3, João Pinto, 44.
2-4, Isaías, 48.
2-5, Isaías, 57.
2-6, Hélder, 74.
3-6, Balakov, 80 (grande penalidade).

Equipas:
Sporting: Lemajic, Nelson, Valckx, Vujacic, Paulo Torres (Pacheco, 46), Paulo Sousa, Capucho, Figo, Balakov, Cadete e Iordanov (Poejo, 59).

(Suplentes: Costinha, Marinho, Carlos Jorge, Poejo e Pacheco).
Treinador: Carlos Queiroz.

Benfica: Neno, Veloso, Mozer, Hélder, Kenedy, Abel Xavier, Vítor Paneira, Isaías (Rui Costa, 72), Schwarz, Ailton e João Pinto (Rui Águas, 79).

(Suplentes: Silvino, William, Rui Costa, César Brito e Rui Águas).
Treinador: Toni.

Árbitro: António Marçal (Lisboa).
Ação disciplinar: Cartão amarelos para Schwarz (31), Paulo Sousa (45), Veloso (83) e Capucho (90).
Assistência: Cerca de 60.000 espetadores.

Época 2004/05 (33.ª jornada).
14 de maio de 2005.
Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa.
Benfica - Sporting, 1-0.
Ao intervalo: 0-0.
Marcador:
1-0, Luisão, 84 minutos.

Equipas:

Benfica: Quim, Miguel (Mantorras, 78), Ricardo Rocha, Luisão, Dos Santos, Petit, Manuel Fernandes, Nuno Assis (João Pereira, 86), Geovanni, Simão e Nuno Gomes (Alcides, 89).

(Suplentes: Moreira, João Pereira, Alcides, Fyssas, Bruno Aguiar, Mantorras e Delibasic).
Treinador: Giovanni Trapattoni.

Sporting: Ricardo, Miguel Garcia, Beto, Polga, Rui Jorge (Tello, 67), Custódio, Rochemback (Hugo Viana, 74), João Moutinho, Pedro Barbosa, Douala (Pinilla, 70) e Sá Pinto.

(Suplentes: Nelson, Hugo, Rogério, Hugo Viana, Tello, Niculae e Pinilla).
Treinador: José Peseiro.

Árbitro: Paulo Paraty (Porto).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Rui Jorge (53), Ricardo Rocha (66), Rochemback (70), Beto (82), Quim (88) e Polga (90+1). Cartão vermelho directo para Beto (88).

Assistência: Cerca de 65.000 espetadores.

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