Comentário: Colombiano James Rodriguez 'bisa' e encanta face ao Uruguai

O combinado dirigido pelo argentino José Pekerman voltou a revelar solidez e consistência, o que faz ansiar pela partida com o Brasil, sexta-feira, ao contrário do Uruguai, que não conseguiu esconder a dependência de Luis Suarez, expulso do campeonato por ter mordido o italiano Chiellini.

Mas é James Rodriguez, o criativo dos “caffeteros” e do AS Mónaco, antigo jogador do FC Porto, que mais se tem destacado numa equipa que também tem Cuadrado e Pablo Armero em grande forma, não só pela eficácia do seu futebol, como pelo facto de ter passado a liderar a lista de “artilheiros”, com cinco golos em quatro jogos disputados.

No dia em que o Uruguai regressou ao Maracanã, onde conquistou, em 1950, o título mundial, ao vencer o Brasil (2-1), as novidades entre os seus titulares foi o regresso do benfiquista Maxi Pereira e a entrada de Diego Forlan para o lugar de Luis Suarez.

Do outro lado, Pekerman voltou a apostar em Jackson Martinéz na frente de ataque, titularidade que teve continuidade após o jogo anterior, em que os “cafeteros” já tinham a qualificação garantida, mas durante o qual o avançado do FC Porto “bisou”.

Houve muita entrega, muita “faísca” na disputa de todos os lances, mas muito poucas oportunidades de golo até ao minuto 28, momento em que James Rodriguez resolveu marcar um dos mais belos golos do Mundial, com um pontapé frontal, ainda de fora da área, após ter dominado com o peito e um rotação, tudo sem deixar a bola tocar a relva.

Edinson Cavani, de livre direto, respondeu quatro minutos depois, mas a bola saiu a rasar a barra de David Ospina, naquela que foi a mais clara oportunidade dos uruguaios em toda a primeira parte.

Cinco minutos após o intervalo, a equipa colombiana “desenhou” o segundo golo com a intervenção de vários jogadores, que fizeram a bola a rolar de um lado para o outro do campo, aparecendo Pablo Armero a cruzar, da esquerda, para o poste mais longe, onde surgiu Cuadrado a servir James Rodriguez de cabeça, com este na pequena área a rematar de pronto para o segundo golo.

A reação do Uruguai continuou a revelar pouca eficácia, apenas com dois ou três registos, nomeadamente um remate forte de Alvaro Gonzalez, que parou nas mãos de David Ospina, e um pontapé, aos 64 minutos, de Cristian Rodriguez, travado pelo mesmo adversário.

Apesar de “instalada” na intermediária colombiana, a seleção do Uruguai nunca conseguiu revelar clarividência tática capaz de desmontar a boa organização adversária, nem sequer com a colocação de mais dois avançados em campo, Christian Stuani e Abel Hernández, desde a última metade do período complementar.

Aos 79 minutos, Maxi Pereira teve o golo nos pés, mas, só com Ospina pela frente, não conseguiu desviar do alcance do guarda-redes, após jogada de insistência, em que entrou pela área adentro à custa de dois ressaltos.

Seguiu-se outro remate com direção exata, desta vez por intermédio de Edinson Cavani, mas a boa pontaria do avançado do Paris Saint-Germain também acabou contrariada por Ospina.