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Pedro Proença anuncia adeus como árbitro numa decisão ponderada

Pedro Proença anunciou hoje o fim da sua carreira como árbitro de futebol, uma “decisão ponderada”, após 26 anos em que diz ter atingido o que quis, incluindo as finais da Liga dos Campeões de 2011/12 e do Euro2012.

Pedro Proença anuncia adeus como árbitro numa decisão ponderada

“Trata-se de uma decisão ponderada, tomada em consciência, suportada em alguns fatores que pesam em mais de duas décadas em arbitragem. O desgaste de uma atividade tão exigente em termos físicos e mentais, bem como o facto de ter concretizado os objetivos e as metas a que me propus foram preponderantes”, afirmou Pedro Proença, manifestando-se “confiante de que o futuro da arbitragem em Portugal está assegurado e sustentado em caráter e qualidade”.

O 'juiz' de Lisboa, de 44 anos, deu conta da sua retirada em conferência de imprensa na sede da Federação Portuguesa de Futebol, onde marcaram presença os presidentes de Benfica (Luís Filipe Vieira) e Sporting (Bruno de Carvalho) e o diretor-geral da SAD do FC Porto (Antero Henrique).

“Tenho consciência de que deixo uma imagem de profissionalismo, competência e credibilidade perante todos os agentes desportivos com que me cruzei. Mesmo reconhecendo que possa ter errado dentro de campo e sofrendo com esses mesmos erros, estou consciente de que tudo fiz para melhorar as minhas capacidades (...). A presença, que muito me honra, de representantes de alguns dos maiores clubes em Portugal é sinal do reconhecimento que as possíveis falhas jamais colocaram em causa a minha postura, de seriedade”, sublinhou.

Proença, que se iniciou na arbitragem em 1988 e chegou à primeira categoria em 2000, despede-se após 26 anos de carreira, tendo arbitrado pela última vez a 20 de dezembro, no jogo de atribuição do terceiro lugar do Mundial de clubes, em Marrocos.

“Estive em competições extraordinárias com os mais talentosos intervenientes. Estar presente em várias finais únicas, como ‘Champions League’ e o Campeonato da Europa, foi uma jornada para a qual eu e a minha equipa muito trabalhámos. Aliás, vai para eles o meu profundo agradecimento. A todos os árbitros com que, de forma direta ou indireta tive o prazer de trabalhar, o meu muito obrigado”, disse.

Anunciando que ia dedicar-se em exclusivo à sua vida enquanto administrador e diretor financeiro e à docência académica, manteve a porta aberta a futuros projetos e manifestou-se “disponível para contribuir no que for necessário em prol da arbitragem e do futebol português”, perante uma plateia em que figuravam o presidente da FPF, Fernando Gomes, e membros da direção, o presidente do Conselho de Arbitragem (CA), Vítor Pereira, representantes de clubes e alguns atuais e antigos árbitros.

Proença disse ainda que sai a bem com toda a gente, apesar de momentos de divergência, e fez questão de elogiar o CA e o seu presidente, depois de há algumas semanas ter tecido duras críticas à gestão de Vítor Pereira.

Sem se referir a estas questões, o líder do órgão de arbitragem disse que “Pedro Proença faz falta à arbitragem no terreno de jogo” e manifestou tristeza pelo seu abandono, que considerou prematuro.

Segundo dados da FPF, Pedro Proença, que fez 173 jogos na I Liga portuguesa e mais de 370 em todas as competições nacionais e internacionais desde que atingiu o primeiro escalão, arbitrou duas finais da Taça de Portugal, duas da Taça da Liga e três vezes a Supertaça.

Internacional desde 2003, Proença esteve em mais de 50 jogos das competições europeias, incluindo fases preliminares, com realce para a presença na final de Liga dos Campeões de 2012, entre Bayern de Munique e Chelsea.

A nível de seleções, depois da final do Europeu de sub-19 de 2004, Proença atingiu o ponto mais alto com a presença na final do Euro2012 (Espanha-Itália), tendo estado também no Mundial2014, no Brasil, onde atingiu os oitavos de final.

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