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O Gana qualificou-se hoje para a final da Taça das Nações Africanas de futebol, a nona da sua história, após uma clara vitória sobre a anfitriã Guiné Equatorial (3-0) num jogo que esteve largo período interrompido por distúrbios.
Em Malabo, e como já era esperado, as ‘Estrelas Negras’ demonstraram e comprovaram a sua maior experiência nesta fase da competição perante uma Guiné Equatorial que nunca tinha disputado umas meias-finais da CAN.
Jordan Ayew, aos 42 minutos, de grande penalidade, Wakaso Mubarak, aos 45+1, e André Ayew, aos 75, marcaram do Gana, mas o jogo ficou marcado pelos distúrbios vindo das bancadas e que obrigaram a uma interrupção de mais de meia hora.
O árbitro foi obrigado a parar o encontro aos 83 minutos, devido à entrada de adeptos do Gana para a pista atrás de uma baliza, alegadamente depois de terem sido atingidos por objetos na bancada.
Após uma longa paragem, estranhamente o jogo foi retomado no minuto 90, tendo-se jogado mais três de compensação dado pelo gabonês Eric Otogo-Castane.
Campeão do continente africano por quatro vezes, a última em 1982, o Gana apurou-se com alguma facilidade para a final do próximo domingo, enquanto a Guiné Equatorial não mostrou argumentos para conseguir ultrapassar o rival de hoje.
A seleção anfitriã, que o máximo que tinha alcançado na sua história tinha sido uma presença nos quartos de final em 2012, chegou às meias-finais sob ‘brasas’ depois de uma polémica vitória sobre a Tunísia, por 2-1 após prolongamento, e que levou um castigo pesado de seis meses ao árbitro dessa partida.
Talvez por isso, os jogadores da Guiné Equatorial, incluindo o estorilista Balboa, mostraram-se demasiado nervosos durante quase todo o jogo, numa primeira parte que teve um nível de agressividade bastante elevado.
Após falta do guarda-redes na grande área, o Gana chegou à vantagem, com Jordan Ayew a converter com sucesso a grande penalidade, numa fase do jogo que acabou por determinante.
Pouco depois, aos 45+1 minutos, as ‘Estrelas Negras’ aproveitaram uma desatenção infantil da formação da casa e chegaram ao segundo golo, desta vez por Wakaso Mubarak e após um lance de contra-ataque dirigido pelo ex-FC Porto Atsu.
Na segunda parte, e mesmo tendo mais posse de bola, a Guiné Equatorial manteve-se inofensiva no ataque e, depois de já ter desperdiçado algumas oportunidades para ‘matar’ a eliminatória, André Ayew fez mesmo o terceiro golo do Gana, aos 75.
