Comentário: FC Porto afunda Sporting com hat-trick de Cristian Tello

Já os ‘dragões’, que arrancaram uma vitória merecida, fruto de um rendimento claramente superior ao adversário neste clássico, continuam a quatro pontos do líder Benfica e têm agora mais oito do que a turma de Alvalade, que fica a 12 pontos do primeiro lugar e apenas um à frente do Sporting de Braga.

Com Jackson e Herrera a assistir e Tello de ‘pé quente’ a concretizar, surgiu a fórmula do sucesso dos ‘azuis e brancos’, perante um Sporting praticamente inconsequente, que foi uma sombra do que mostrou em partidas anteriores.

O desafio até começou de forma enfadonha, com um futebol muito ‘mastigado’ no meio campo e com as duas equipas demasiado erróneas no passe, o que ia afastando a bola das duas balizas.

Só depois de 15 minutos inconsequentes se assistiu ao primeiro remate do jogo, para o Sporting, com João Mário a quebrar a passividade dos companheiros do ataque, nomeadamente de Montero como a referência de sector, e a surgir do meio campo para atirar ao lado.

O lance motivou as primeiras reações dos nortenhos, em dois lances em que Evandro - surpresa do ‘onze’ de Lopetegui, ocupando o lugar do lesionado Oliver - serviu Jackson e Brahimi para remates com pouca pontaria.

Paulatinamente, os ‘dragões’ iam descortinando brechas na defesa dos sportinguistas, que, menos afoitos nas manobras ofensivas, recuavam, em demasia, perante as investidas ‘azuis e brancas’.

Prova disso foi forma como, à passagem da meia hora, Herrera, lançado por Danilo, teve tempo para deixar dois adversários pelo caminho e, na área, falhar, por pouco, o ‘chapéu’ a Rui Patrício.

O lance do mexicano acabou por ser o prenúncio do primeiro golo, aos 31 minutos, quando Tello não desperdiçou uma tremenda assistência de Jackson, de calcanhar, superou a defesa contrária em velocidade e marcou.

Só com o revês, os lisboetas começaram a fazer mais pela vida, explorando alguma falta de entendimento na defesa do FC Porto para responder em contra-ataque.

Numa dessa investidas, pouco antes do intervalo, Carrillo combinou bem com Nani, mas não foi feliz no remate, deixando os locais recolherem em vantagem para o descanso.

Esperava-se que no reatamento a equipa de Marco Silva pudesse surgir com uma outra atitude para inverter a contrariedade, mas foi o FC Porto a regressar de forma fulgurante.

Em pouco mais de dois minutos, Jackson esteve perto do segundo golo, primeiro num tiro ao lado, após assistência de Herrera e, depois, a ver um remate ser cortado praticamente em cima da linha de baliza por Cedric.

Nesta toada, acabou por não surpreender o segundo golo do FC Porto, à passagem dos 58 minutos, com os mesmos protagonistas do primeiro tento.

Passe a rasgar toda a defesa do Sporting por Jackson e Tello a usar, novamente, a sua velocidade para se desmarcar e rematar sem hipótese para Rui Patrício.

Com a situação bem mais complicada, o treinador dos ‘leões’ percebeu que tinha de fazer algo mais, lançando Capel e Slimani no jogo, abdicando de Adrien e do inoperante Montero.

Apesar das mexidas, o Sporting continuou inconsequente e, mesmo com o FC Porto a recuar ligeiramente, conseguiu, nesta segunda parte, apenas um remate à baliza de Fabiano.

Perante a passividade contrária, Tello quis vincar que esta era a sua noite e, já nos últimos 10 minutos, sublinhou o estatuto de homem do jogo, apontando o 3-0 final, após passe de Herrera.