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Marques Guedes diz que é preciso «banir a violência do desporto»

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares defendeu hoje que “é preciso banir a violência do desporto”, expressando “natural repúdio” pelos incidentes que envolveram os festejos dos adeptos do Benfica pela conquista do título português de futebol.

Marques Guedes diz que é preciso «banir a violência do desporto»

“Quero deixar uma palavra de natural repúdio relativamente a todo e qualquer tipo de violência que ocorra em torno do fenómeno desportivo. É preciso banir a violência do desporto”, disse Luís Marques Guedes, à margem da cerimónia de tomada de posse dos árbitros do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), na sede do Comité Olímpico de Portugal (COP), em Lisboa.

O governante assinalou que “o Governo acompanha estas situações com a preocupação que elas merecem”, mas manifestou-se confiante que as entidades competentes conseguirão “apurar as responsabilidades e tomar as providências necessárias não só de punir os responsáveis, mas também acautelar a que este tipo de situações” não se voltem a repetir.

“É importante que todas as manifestações desportivas sejam devidamente programadas, pensadas e realizadas por forma a tentar minimizar o mais possível a ocorrência dessas situações de violência. É preciso que todos trabalhemos para banir a violência em torno do fenómeno desportivo”, reafirmou.

O presidente do COP, José Manuel Constantino, também lamentou os incidentes, não apenas o comportamento de alguns adeptos em Guimarães, mas também “o comportamento da polícia relativamente ao modo como tentou regular uma situação que, aparentemente, não justificava o uso da força no termos em que foi feito”.

A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um processo de inquérito com vista ao apuramento dos factos praticados por todos os elementos da PSP que tiveram intervenção nos incidentes ocorridos junto ao Marquês de Pombal e artérias adjacentes, que envolveram elementos da PSP e adeptos de futebol, e que terminaram com a detenção de 13 pessoas, por posse de material pirotécnico e por agressões aos polícias em serviço.

A PSP diz que recebeu 13 queixas por roubos na via pública e que, durante o restabelecimento da ordem pública, ficaram feridos 16 polícias com escoriações devido ao arremesso de pedras, garrafas de vidro e material pirotécnico, havendo um veículo da divisão de trânsito com um vidro partido.

Nas primeiras horas de segunda-feira, nas imediações do Parque Eduardo VII, alguns adeptos começaram a arremessar vários objetos, nomeadamente garrafas de vidro, o que levou a uma intervenção policial localizada para acabar com o incidente e evitar que se alastrasse e ganhasse maior dimensão.

No domingo, junto ao estádio D. Afonso Henriques, após o jogo entre Vitória de Guimarães e Benfica, filmagens da Correio da Manhã TV mostram um subcomissário da PSP de Guimarães a agredir à bastonada um adepto do Benfica, que estava acompanhado pelo pai e pelos dois filhos menores.

O adepto foi detido, tendo o subcomissário escrito, no auto de detenção, que o arguido o injuriou e ameaçou e lhe cuspiu na cara.

A versão foi segunda-feira desmentida pelo adepto, que já manifestou intenção de apresentar queixa contra o subcomissário.

A PSP anunciou a abertura de um inquérito disciplinar ao agente e o Ministério da Administração Interna também já tinha divulgado que ia abrir um inquérito à ação policial.

Entretanto, o Ministério Público anunciou igualmente que também instaurou um inquérito à atuação policial no domingo junto ao Estádio D. Afonso Henriques, após ter recebido uma denúncia de alegado abuso de poder.

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