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FIFA: Maradona e Romário satisfeitos com detenções por alegada corrupção

Os antigos futebolistas Diego Maradona e Romário congratularam-se hoje com a prisão de sete dirigentes da FIFA, considerando que o organismo tem muitos “ladrões” que pouco fazem a bem do futebol.

FIFA: Maradona e Romário satisfeitos com detenções por alegada corrupção

“A FIFA odeia o futebol e a transparência”, acusou Maradona, um dos maiores críticos da instituição, que está a “desfrutar” da investigação aberta pela justiça norte-americana sobre corrupção e lavagem de dinheiro na FIFA, até porque nos últimos anos foi “tratado como um louco” pelas suas denúncias e entende que “hoje foi dita a verdade”.

“Hoje não há futebol. Não há transparência. Chega de mentir às pessoas e de fazer um ‘show’ para reeleger Blatter”, disse o ex-jogador, de 54 anos, esperançado de que o suíço seja intimado a ir aos Estados Unidos dar explicações.

Maradona elogiou o trabalho das autoridades norte-americanas neste processo e recordou que a FIFA tem “biliões de dólares quando por todo o mundo há futebolistas que não ganham mais de 150”.

Nas eleições da FIFA de sexta-feira, Maradona apoia príncipe jordano Ali Bin Al Hussein, o único adversário de Blatter, “que não cumpriu as suas promessas”.

Já Romário, que agora é senador no Rio de Janeiro, defende que “o lugar dos ladrões é na prisão”.

“Muitos corruptos e ladrões que fizeram mal ao futebol foram presos”, congratulou-se, inclusivamente pelo facto de a justiça ter detido José Maria Marin, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e do seu vice-presidente, no seu entender algo que indicia “o começo de algo bom para o futebol”.

Romário disse ainda esperar que Joseph Blatter não seja reeleito para um quinto mandato na FIFA: “Acho que alguma coisa vai mudar, porque há uma expectativa, pelo menos da minha parte, para que Blatter também seja preso. Podemos ter pessoas dignas como líderes”.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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