A Porsche foi a grande vencedora da edição 2015 das 24 horas Le Mans, ao colocar dois dos três 919 híbridos na primeira e segunda posições, terminando assim com uma série de cinco vitórias consecutivas da Audi.
Depois de em 2014 ter estado muito perto da vitória, a Porsche desforrou-se da rival Audi ao colocar um ponto final numa série de cinco vitórias da marca de Zwickau na mítica corrida francesa.
A Porsche volta a vencer em Le Mans, depois da última vitóriater ocorrido em 1998, alargando assim o recorde que já lhe pertencia, contando agora com 17 triunfos.
A 83.ª edição da prova foi dominada desde inicio pelo Porsche número 19, com o alemão Niko Hulkenberg, o neozelandês Earl Bamber e o britânico Nick Tandy a cederam o primeiro lugar, a espaços, nas primeiras horas da corrida, aquando das paragens para reabastecimentos e trocas de pilotos.
O melhor que a Audi conseguiu fazer foi rodar, por alguns momentos, na liderança da prova. Por lá passaram o carro número sete e o número nove, este último também pilotado pelo português Filipe Albuquerque, que durante grande parte da corrida chegou mesmo a ter o melhor tempo da prova.
Com o tempo de 3.17,647 minutos, o piloto de Coimbra estabeleceu o tempo mais rápido da atual configuração do circuito, marca essa que foi mais tarde batida pelo Audi número sete, baixando essa a marca para os 3.17,475 minutos.
De resto, com todos os três Audis a terem problemas, os Porsches acabaram por, justamente, vencer a prova, pois mostraram ser os carros mais fiáveis e, por isso, com o andamento mais constante ao longo das 24 horas.
Numa das edições mais rápidas de sempre, o carro vencedor terminou a prova com 395 voltas ao traçado de 13,6 quilómetros, concluídas a uma média de 247,1 Km/h com um total de 30 passagens pelas boxes.
O segundo posto ficou para o Porsche número 17 do alemão Timo Bernhard e dos neozelandeses Mark Webber e Brendon Hartley, sendo que o degrau mais baixo da pódio ficou para o Audi sete do fancês Benoit Tréluyer, do suíço Marcel Fassler e do alemão André Lotterer.
Numa luta acesa contra a fiabilidade, e ainda na categoria LMP1, o ByKolles de Tiago Monteiro não conseguiu resistir a inúmeros problemas que, em especial nas primeiras horas de prova, o obrigaram a constantes incursões pela boxe.
O CLM da equipa austríaca, que o português dividiu com o suíço Simon Trummer e o alemão Pierre Kaffer, não se qualificou.
Na categoria LMP2, o vencedor foi o Oreca da equipa KCMG, numa classe em que o carro do português João Barbosa teve também problemas mecânicos. O Ligier da Krohn Racing ficou-se pelo 32.º posto.
Nos GTE-pro, vitória confortável para o Corvete número 17 do britânico Gavin Oliver e dos norte-americanos Tommy Milner e Jordan Taylor, enquanto nos GTE-am a equipa de Pedro Lamy ‘ofereceu’ o triunfo ao Ferrari dos russos Victor Shaytar e Aleksey Basov e do italiano Andrea Bertolini.
Depois de uma corrida ‘perfeita’, o Aston Martin número 98 liderava confortavelmente a categoria (sendo inclusivamente segundo na categoria GTE-pro), mas um erro do patrão da equipa Paul Dalla Lana, a 47 minutos do final, deitou por terra as hipóteses do português conseguir a segunda vitória na categoria em Le Mans.
Quanto a Rui Águas, ao volante de um Ferrari, terminou no 26.º posto, quarto entre os GTE-am.
Em 2016, as 24 horas Le Mans estão previstas para o fim de semana de 18 e 19 de junho.