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Qatar planeia introduzir contratos eletrónicos a trabalhadores estrangeiros

O Qatar, país organizador do Mundial de futebol de 2022, revelou hoje ter planos para introduzir um sistema de contratos eletrónicos para os trabalhadores estrangeiros, no próximo ano.

Qatar planeia introduzir contratos eletrónicos a trabalhadores estrangeiros

O país tem sido alvo de críticas devido às condições de trabalho que oferece aos estrangeiros, sendo até acusado de não respeitar os seus direitos, e pretende com este novo sistema “ajudar o trabalhador”.

Segundo Mohammed Ali Al Meer, chefe das relações sociais no ministério do trabalho do emirado, o sistema deve entrar em vigor “no primeiro trimestre de 2016” e permite aos trabalhadores “conhecer os seus direitos”.

Sob o novo sistema, os migrantes vão poder aceder a um sítio oficial do governo na internet e fornecer os seus dados pessoais para poderem ler, na sua própria língua, os termos dos contratos.

Inicialmente o serviço vai estar disponível em 10 línguas, o que vai fazer com que muitos dos trabalhadores consigam ler, pela primeira vez, aquilo que assinaram, porque muitos dos contratos estão escritos apenas em árabe e inglês.

Há várias histórias que circulam em Doha, capital do emirado, sobre a forma como alguns trabalhadores foram enganados.

Um ganês chamado Hassan disse recentemente à agência France Presse que havia assinado um contrato que previa o pagamento de 900 dólares (cerca de 800 euros) por mês, mas quando chegou ao país percebeu que o seu salário era de 900 reais catarenses (cerca de 220 euros).

“Se um trabalhador assinou um contrato com uma empresa de, por exemplo 800 dólares por mês [cerca de 710 euros] e, uma vez chegado cá, só recebe 700 dólares [perto de 621 euros] o ministério vai tomar conta do caso”, afirmou Al Meer.

O projeto para o contrato eletrónico não será obrigatório, porém Al Meer acredita que muitas empresas vão implementá-lo.

De acordo com funcionários do país esta medida faz parte de um pacote geral de reformas que pretende também implementar um sistema de proteção salarial em novembro, de forma a introduzir alterações na ‘lei kafala’ que limita a quantidade de trabalhadores estrangeiros no emirado.

Estas alterações estão previstas ser implementadas no final deste ano.

Estima-se que estejam a trabalhar na preparação do mundial no Qatar perto de 1,7 milhões de estrangeiros, número que pode aumentar para os dois milhões até 2020.

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