Uma comissão do Senado brasileiro, que investiga as denúncias de corrupção no futebol, aprovou quarta-feira o levantamento do sigilo bancário ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.
Marin, detido na Suíça no âmbito do escândalo de corrupção na FIFA, aguarda ainda pela decisão das autoridades helvéticas sobre o pedido de extradição para os Estados Unidos da América.
Para já, o antigo líder da CBF terá as contas a ‘descoberto’, nos registos relativos aos movimentos bancários entre março de 2012 e maio de 2015, quando foi detido.
Nos Estados Unidos, Marin, que exercia atualmente o cargo de vice-presidente da CBF, é suspeito de branqueamento de capitais, conspiração e fraude bancária.
O senador Paulo Bauer, que solicitou o levantamento do sigilo bancário a José Maria Marin, explicou que o objetivo desta medida é investigar possíveis indícios de irregularidades em contratos comerciais.
José Hawilla, proprietário da Traffic, empresa que detém a maioria do capital da SAD do Estoril-Praia, é outros dos brasileiros detidos a pedido das autoridades norte-americanas, no âmbito da mesma investigação à FIFA.
A FIFA foi abalada por este escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de de Joseph Blatter, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou já a acusações a 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, marcadas para 26 de fevereiro.
O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, o francês Michel Platini, presidente da UEFA, o sul-coreano Chung Mong-Joon, também antigo vice-presidente da FIFA, e o ex-futebolista brasileiro Zico já anunciaram que são candidatos.