O Sporting de Braga deixou fugir a Taça de Portugal na época passada depois de ter estado a vencer o Sporting por 2-0, jogado com mais uma unidade durante muito tempo e permitido o empate aos 90+3 minutos.
A final da 75.ª edição da Taça de Portugal entrou diretamente para a lista das mais emocionantes de sempre, com o Sporting a arrancar quase literalmente das mãos dos ‘arsenalistas' um troféu que parecia certo regressar a Braga, 49 anos depois da única conquista dos minhotos na prova (1966).
Aos 25 minutos, o Sporting de Braga vencia já por 2-0, golos de Éder, aos 16 minutos, de grande penalidade, que motivou a expulsão de Cédric, e de Rafa (25), resultado que segurou até ao minuto 84, quando Slimani aproveitou uma má saída do guardião russo Kritciuk para reduzir a desvantagem.
Os ‘leões' acreditaram e não pareciam estar a jogar com menos uma unidade há cerca de 75 minutos: aos 90+3, Montero adivinhou que Aderlan Santos ia falhar o corte do lançamento que Paulo Oliveira fez ainda antes do meio-campo e empatou a partida.
A euforia nas hostes ‘leoninas' e o desespero no banco e bancadas bracarenses pareciam prenunciar o que se passaria a seguir.
No prolongamento, o empate manteve-se, sendo que a partir dos 115 minutos as equipas voltaram a jogar com o mesmo número de jogadores (expulsão de Mauro por acumulação de cartões amarelos), e a decisão foi, pela primeira vez na história, para o desempate nas grandes penalidades.
Aí, Rui Patrício (parou o remate de André Pinto) e a fraca pontaria de Éder e Salvador Agra (chutaram ambos para fora) selaram a 16ª Taça de Portugal do Sporting, que contou com o acerto de Adrien, Nani e Slimani nos penáltis.
A perda do troféu de forma completamente inesperada abriria ‘feridas' insanáveis no Sporting de Braga que culminariam com a saída turbulenta de Sérgio Conceição do comando técnico dos minhotos.