A seleção portuguesa de futebol ‘despediu-se’ do treinador brasileiro Luiz Felipe Scolari com uma ‘insignificante’ presença no Europeu de 2008, que terminou quando ‘começou’, ao primeiro ‘mata mata’, nos quartos de final.
Depois da final do Europeu de 2004 e do quarto lugar no Mundial de 2006, Portugal partiu para a Suíça e a Áustria com ambição, mas saiu sem ponta de brilho e conformado, nos ‘quartos’, perante uma Alemanha claramente mais forte.
A formação das ‘quinas’ até foi a primeira a selar o apuramento para a fase a eliminar, com triunfos claros sobre a Turquia (2-0), que viria a chegar às meias-finais, e a República Checa (3-1), mas as suas ‘façanhas’ acabaram ai.
Com muitas poupanças, Portugal fechou a fase de grupos com um desaire por 2-0 face à coorganizadora Suíça e, no primeiro jogo a eliminar, não foi capaz de dar luta à Alemanha, perdendo por uns 3-2 que aparentam um equilíbrio inexistente.
“O sentimento é de frustração, por os objetivos não terem sido atingidos. Praticamente, tinha prometido ao presidente (da FPF) que estaríamos nos quatro finalistas”, reconheceu Scolari, após o seu 74.º e último encontro por Portugal.
O central Pepe e o ‘estratega’ Deco, dois jogadores nascidos no Brasil, foram globalmente os melhores elementos lusos, talvez porque surgiram muito bem fisicamente, após uma época em que jogaram pouco.
Por seu lado, e no que foi a primeira grande competição pós ‘geração de ouro’, Cristiano Ronaldo não esteve mal, longe disso, mas, depois da fabulosa época que realizara ao serviço do Manchester United, esperava-se mais.
Portugal estreou-se com um triunfo por 2-0 sobre a Turquia, selado por Pepe e Raul Meireles, para, no segundo jogo, ganhar por 3-1 à República Checa, com tentos de Deco, Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma.
A formação das ‘quinas’ selou a qualificação logo ao segundo jogo e Scolari optou pelas reservas no terceiro, o que redundou numa exibição medíocre e num desaire por 2-0.
Depois, no primeiro ‘mata mata’, Portugal viu-se rapidamente a perder por 2-0, ainda reentrou no jogo, com um tento de Nuno Gomes (40 minutos), mas Michael Ballack voltou a distanciar os germânicos (61).
O segundo tento, de Hélder Postiga, chegou tarde (87 minutos) e a equipa lusa ficou fora do Euro2008, para o qual se qualificou, como habitualmente, ao último jogo: bastou, desta vez, um 0-0 com a Finlândia, no Dragão.
Portugal terminou o Grupo A no segundo lugar, atrás da Polónia e à frente de Sérvia, Finlândia, Bélgica, Cazaquistão, Arménia e Azerbaijão.