Arouca e Câmara próximo de acordo quanto ao pagamento da renda do estádio

"As duas partes pediram a suspensão da instância para ver se chegamos a um entendimento", disse à agência Lusa o advogado da autarquia, à saída do Tribunal da Feira, onde o julgamento iria começar hoje.

Fonte ligada ao processo adiantou que já há uma proposta de acordo que vai ser discutida na reunião da Câmara de Arouca, no dia 21.

No processo, a autarquia reclama o pagamento de cerca de 100 mil euros relativamente a rendas e despesas de manutenção do estádio municipal desde 2013, quando foi criada a sociedade desportiva unipessoal por quotas (SDUQ) do Futebol Clube de Arouca.

Com a subida da coletividade à Primeira Liga de futebol, a Câmara decidiu denunciar o protocolo em que se comprometia a pagar todas as despesas do estádio, devido à mudança de personalidade jurídica do Arouca.

Nesse sentido, foi assinado um contrato entre as duas partes que prevê que o clube tem de pagar uma renda anual de seis mil euros e assumir os custos com a manutenção, bem como despesas com água, gás, eletricidade e tratamento do relvado.

No entanto, o clube entende que o protocolo inicial, que vigoraria até outubro de 2016, mantém a sua aplicação legal, uma vez que a sociedade desportiva é gerida pela associação Futebol Clube de Arouca, sua única acionista.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Arouca, José Artur Neves (PS), já referiu que não há qualquer conflito entre o município e o clube local.

"Há apenas uma questão de conformidade com a lei. Nós entendemos que devemos cobrar isso à sociedade desportiva, mas o clube tem um entendimento diferente e o tribunal determinará quem tem razão", disse o autarca.

José Artur Neves assegurou ainda que as divergências que houve, no passado, entre o município e o clube futebolístico local já foram ultrapassadas.

"Atualmente, estamos a trabalhar de braço dado para termos o clube dava vez mais alto no futebol nacional", adiantou.