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Itália: Milhares no funeral do polícia morto no Catania-Palermo

Milhares de pessoas assistiram hoje às exéquias do polícia Filippo Raciti, morto na passada sexta- feira nos confrontos entre adeptos do Catania e do Palermo, após o jogo entre as duas equipas da Liga italiana de futebol.

No mesmo dia, na Cidade do Vaticano, o Papa Bento XVI condenava ''a violência que mancha o mundo do futebol'', num telegrama de condolências enviado à família do falecido agente, que foi atingido com um petardo durante o ''derby'' siciliano.

Na referida mensagem telegráfica, cujo conteúdo foi divulgado pelo arcebispado de Catania, o pontífice romano exorta todos protagonistas do futebol a ''promoveram o respeito pela legalidade e a favorecerem a lealdade, a solidariedade e uma sã competitividade''.

Muitos populares da cidade do Sul de Itália, ainda profundamente chocada com a notícia da morte do polícia, de 38 anos, congregaram-se nas ruas por onde passou o féretro contendo os restos mortais de Filippo Raciti, cujo corpo esteve durante a noite em câmara ardente na sede do regimento da polícia de Catania.

A urna, coberta por uma bandeira italiana, foi transportada para a catedral da cidade por oito companheiros do malogrado agente, por entre o aplauso das muitas pessoas que a esperavam à entrada do templo.

Na celebração da missa de corpo marcaram presença dois membros do governo italiano, os ministros do Interior e o das Políticas da Juventude e das Actividades Desportivas, além de representantes de vários partidos políticos e dos representantes das autoridades civis e desportivas da cidade.

O drama da violência desportiva na Catania não foi evocado pelo Papa na sua oração dominical do Angelus, momento tradicionalmente utilizado pelo pontífice para transmitir mensagens sobre a actualidade, circunstância que lhe valeu alguma recriminação de uma parte da comunicação social italiana.

Em resposta a essas críticas, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, sublinhou hoje que a opinião papal sobre o drama da violência desportiva em Catania já fora expressa sábado passado ''ao mais alto nível'', pela voz do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Bertone.

Com efeito, logo no dia a seguir aos graves incidentes, o representante da Santa Sé reagiu aos microfones da Rádio Vaticano para expressar a sua concordância com a suspensão de todos os jogos de futebol no país, decidida pelas autoridades desportivas italianas.

Na sequência dos incidentes, foi anunciada sexta-feira a suspensão do campeonato e não se realizaram os encontros previstos para o fim-de-semana, podendo a competição recomeçar no espaço de duas de semanas.

LUSA

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