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Human Rights Watch pede à FIFA que pare jogos nos colonatos israelitas

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) pediu hoje à FIFA o fim da realização de jogos de futebol nos colonatos israelitas na Cisjordânia, em que os palestinianos são excluídos.

Human Rights Watch pede à FIFA que pare jogos nos colonatos israelitas

“A FIFA está a patrocinar jogos em colonatos israelitas na Cisjordânia, em territórios ilegalmente retirados aos palestinianos”, concluiu uma investigação da organização não-governamental (ONG).

Num comunicado, a HRW afirma que os colonatos judeus representam uma violação dos direitos humanos e pede à Federação Internacional de Futebol (FIFA) que pressione a sua afiliada, a Associação de Futebol de Israel, para deslocar para Israel "todos os jogos e atividades” que apoia.

Em causa estão seis clubes israelitas que funcionam nos colonatos na Cisjordânia – ocupada por Israel há 50 anos - e onde é interdita a entrada da população palestiniana.

“Ao realizar jogos em terras roubadas, a FIFA está a manchar a bela modalidade do futebol”, considera Sari Bashi, o diretor da HRW para Israel e a Palestina.

O responsável recorda, na nota, que a FIFA tem uma nova liderança e fez, este ano, “novos compromissos em relação aos direitos humanos” e “realizar atividades nos colonatos é incompatível” com estes compromissos.

“A FIFA deve tomar a iniciativa de mostrar um cartão vermelho aos clubes dos colonatos e insistir para que a Associação de Futebol de Israel jogue de acordo com as regras”, defende o responsável.

Os clubes oferecem serviços aos israelitas, mas os cerca de 2,5 milhões de palestinianos da Cisjordânia – à exceção de trabalhadores com autorizações especiais – não podem entrar nos colonatos e, assim, são impedidos de participar, integrar as equipas ou mesmo assistir aos jogos como espetadores.

A FIFA, apesar de ser uma organização sem fins lucrativos, “está envolvida em atividades comerciais substanciais” no âmbito da indústria do futebol profissional, que gera receitas de 33 mil milhões de dólares por ano.

A organização refere no comunicado que “os colonatos são ilegais à luz da lei humanitária internacional, porque a transferência da população civil do poder ocupador no território ocupado viola a quarta Convenção de Genebra e é um crime de guerra”, acrescentando que os colonatos são construídos em terras retiradas aos palestinianos.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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