As esperanças palestinianas de uma tomada de posição da FIFA em relação aos clubes israelitas instalados em território ocupado não foram cumpridas, depois de o organismo adiar o assunto.
A Federação Palestiniana de Futebol tinha apelado à FIFA para que expulsasse os seis clubes israelitas sediados em território ocupado, os quais estão numa situação ilegal perante a lei internacional, ou que os recolocasse em fronteiras reconhecidas.
O assunto fazia parte da agenda de hoje do Conselho da FIFA e tinha sido assumido como uma das prioridades do presidente Gianni Infantino, mas o enviado à região, o sul-africano Tokyo Sexwale, não conseguiu apresentar um relatório final, agora previsto para o próximo mês.
Infantino, que assumiu a presidência da FIFA em fevereiro, já declarou que visitará a região “quando (a sua presença) existir um impacto e exista evolução” nesta matéria.
A FIFA pediu às duas partes para se encontrarem no próximo mês, com “um espírito aberto e construtivo, no sentido de se encontrar uma solução para o futebol”.
“Não somos um organismo político e não estamos a tentar resolver problemas políticos”, salientou o presidente da FIFA, explicando que a situação dos seis clubes “permanece em aberto” e que é preciso deixar a comissão trabalhar.
O conselheiro especial para o desporto e paz do secretário-geral das Nações Unidas, Wilfried Lemke, escreveu na última semana à FIFA, pedindo que fosse uma voz de apoio ao caso palestiniano.
Do lado de Israel, a sua federação de futebol acusa os palestinianos de arrastarem o futebol para um campo político, justificando querer o desenvolvimento do jogo “como ponte de ligação entre pessoas e não como um muro que as divida”.