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Ministro diz que tentativa de interditar 'Football Leaks' não terá efeito

O ministro espanhol do Desporto, Íñigo Méndez de Vigo, considerou hoje que a tentativa de interditar a publicação na Europa da investigação denominada por ‘Football Leaks’ “não terá qualquer efeito”.

Ministro diz que tentativa de interditar 'Football Leaks' não terá efeito

Um juiz do Tribunal de Madrid exigiu ao consórcio de jornais europeus que “cesse imediatamente a publicação das revelações em torno das movimentações de dinheiro no futebol” e que envolve alegadas fraudes de evasão fiscal, nomeadamente do português Cristiano Ronaldo.

“Surpreende-me. Sobretudo, porque acho que não terá qualquer efeito prático. E se as coisas não terão efeito não vale a pena fazê-las”, afirmou o ministro espanhol do Desporto, Íñigo Méndez de Vigo, questionado sobre o tema na rádio pública RNE.

O juiz criticou o consórcio europeu de órgãos de comunicação social, do qual faz parte o semanário português Expresso, por publicar dados sobre alguns futebolistas, num ato que considera de “violação do direito fundamental de confidencialidade”.

Entre as informações difundidas na última sexta-feira, tendo como fonte a investigação ‘Football Leaks’, consta uma alegada fuga aos impostos de Cristiano Ronaldo, que terá alegadamente escondido 150 milhões num paraíso fiscal.

Na terça-feira, o ministro espanhol das Finanças, Cristobal Montoro, declarou à comunicação social que a autoridade fiscal estava já a investigar estas notícias, que envolvem ainda outros colegas de Cristiano Ronaldo no Real Madrid.

“Somos todos iguais perante a lei”, disse o ministro espanhol do Desporto, afirmando que "a administração fiscal trata todos da mesma maneira incluindo jogadores de futebol".

Num processo de evasão fiscal, a justiça espanhola condenou em julho o argentino Lionel Messi, do FC Barcelona, a 21 meses de prisão, num processo de fraude estimado em 4,16 milhões de euros.

A 03 de dezembro, os membros do European Investigative Collaborations (EIC), que incluem o Expresso, noticiaram que Cristiano Ronaldo evadiu, supostamente, milhões de euros em impostos através de uma sociedade nas Ilhas Virgens.

A informação, que também envolve outros jogadores, entre os quais Fábio Coentrão, Ricardo Carvalho ou Pepe, assim como o internacional alemão Mesut Ozil, do Arsenal, foi colhida a partir de 1.900 gigabytes de documentos a que o referido consórcio europeu teve acesso e sobre os quais trabalharam 60 jornalistas durante mais de sete meses.

De acordo com os documentos, cedidos aos citados OCS pela plataforma digital ‘Football leaks’, são muitas a estrelas do futebol internacional que se esforçam por ocultar os seus rendimentos ao fisco, dando como exemplos concretos os de Ronaldo e Ozil.

O avançado português terá, alegadamente, segundo o El Mundo, utilizado empresas fictícias sediadas nas Ilhas Virgens para ocultar receitas de publicidade de 150 milhões de euros e, segundo o Der Spiegel, alguns colaboradores próximos de Ronaldo revelaram-se preocupados com a possibilidade de detalhes da sociedade caribenha chegarem ao conhecimento das autoridades.

Entretanto, a Gestifute, do agente Jorge Mendes, que representa os interesses de Cristiano Ronaldo e José Mourinho, já tinha feito saber, na quinta-feira, numa declaração pública, que ambos estão em dia com as suas obrigações fiscais, tanto em Espanha como no Reino Unido.

Na mesma declaração, enviada à Agência Lusa, a Gestifute sublinhava que Cristiano Ronaldo e José Mourinho nunca estiveram envolvidos em qualquer processo judicial relativo à prática de qualquer delito fiscal e ameaçava que qualquer insinuação ou acusação dessa natureza em relação a ambos será denunciada e perseguida nos tribunais.

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