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1.ª volta: José Pereira responsabiliza dirigentes pelo recorde ‘chicotadas'

O presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), José Pereira, considera que as 12 mudanças de treinador durante a primeira volta da I Liga de futebol são da responsabilidade das más escolhas dos dirigentes.

1.ª volta: José Pereira responsabiliza dirigentes pelo recorde ‘chicotadas'

Em entrevista à Agência Lusa, o líder do organismo representativo dos técnicos portugueses lamenta a falta de análise e de ponderação na seleção de um treinador por parte dos presidentes dos clubes nacionais.

“Temos de partir de um princípio: os treinadores são escolhidos pelos presidentes e pelas suas direções. Se, porventura, não resultou naquilo que eles efetivamente pretendiam, é porque, provavelmente, não escolheram bem. Escolher bem é analisar de várias formas. Provavelmente, o perfil do treinador que escolheram não se enquadra no perfil do clube e da equipa”, declarou.

Na ótica de José Pereira, “isto acaba por reconhecer que quem esteve mal nesta circunstância não foram os treinadores, mas sim quem os escolheu”, sendo as 12 mudanças de cadeira em somente 17 jornadas do campeonato um exemplo desta situação.

Contudo, o presidente da ANTF recusa dramatizar o cenário de precariedade entre os treinadores portugueses. “É um fenómeno a que estamos habituados a lidar, mas sabemos também que quando sai um treinador, outro treinador entra. Os treinadores também sabem a precariedade da sua profissão", realçou.

"Há muito mais oferta do que procura em todas as profissões. Aquilo que se passa no futebol não deixa de ser a normalidade, num país em que há mais oferta do que procura. É uma situação normal para todos os profissionais portugueses e não exclusivamente dos treinadores”, adiciona José Pereira.

Restringir o poder dos clubes de avançar para as ‘chicotadas' ou limitar o direito ao trabalho dos treinadores em mais do que um emblema por época - como sucede em Espanha - é algo que não está no horizonte do dirigente, que lembra a força das leis atualmente existentes.

“É nesta realidade que vivemos e os treinadores têm de atuar em conformidade. Há um Código do Trabalho que está aprovado e não podemos contrariá-lo”, finalizou.

Entre os 18 clubes da I Liga apenas Benfica (Rui Vitória), FC Porto (Nuno Espírito Santo), Sporting (Jorge Jesus), Vitória de Guimarães (Pedro Martins), Vitória de Setúbal (José Couceiro) e Arouca (Lito Vidigal) não mudaram de técnico. Em sentido inverso, registaram-se 11 ‘chicotadas’ e uma mudança de treinador, quando Jorge Simão trocou o Desportivo de Chaves pelo Sporting de Braga.

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