Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, apelou hoje a um consenso na futura aprovação da revisão do Regime Jurídico do Contrato de Trabalho do praticante desportivo, atualmente em discussão na Assembleia da República.
«O que manifestámos na Assembleia da República é que seja um diploma consensual, em que os jogadores e os clubes se revejam e que não seja um diploma que divida. Desse ponto de vista, acho que estão reunidas as condições para que a lei seja alterada com sucesso», afirmou o dirigente.
Criticando as 'visões unilaterais' que têm predominado no futebol nacional, Joaquim Evangelista defendeu 'um diálogo verdadeiro' entre os diferentes agentes para que sejam dadas melhores condições de trabalho aos jogadores: «Tem de haver um equilíbrio de poder nas relações laborais e isso é manifestamente a favor dos clubes, neste momento».
«Estamos sempre atentos às condições que ajudem a melhorar a vida dos atletas. Queremos fazê-lo com tranquilidade e tem de haver consensos. Não podemos legislar contra uma das partes, senão há sempre crispação», acrescentou.
O presidente do Sindicato de Jogadores esteve na quarta-feira no Parlamento para ser ouvido sobre esta matéria. Em causa está a revisão da Lei n.º 28/98, de 26 de junho, que aprova o Regime Jurídico do Contrato de Trabalho do praticante desportivo e do contrato de formação desportiva, e que está no centro dos projetos-lei n.ºs 168/XIII, do PSD, e 297/XIII, do PS.
A versão final do documento - que contou também com os contributos dos clubes e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional - poderá ser apresentada até ao final de abril.