LC: Mourinho reconhece que Man Utd acusou a pressão frente ao Celta de Vigo

“Tive sempre a sensação de que o jogo não estava controlado, que estava difícil. Senti tudo ao contrário do que senti em Vigo [no jogo da primeira mão das meias-finais]. Pensei que ia ganhar fácil e saímos de lá com resultado que nos deixou vivos. Hoje senti a equipa, se calhar, a acusar a pressão psicológica. Na segunda parte, eles arriscaram tudo, porque não tinham nada a perder”, analisou em declarações à Sport TV.

O treinador português do Manchester United, que fez valer o golo solitário da primeira mão para avançar para a final da Liga Europa, depois de empatar hoje 1-1 com o Celta de Vigo em Old Trafford, admitiu que o golo falhado pelo sueco John Guidetti no último lance do jogo lhe causou muitos cabelos brancos.

“Mas meias-finais a eliminar são duras. Estes últimos minutos foram duros. Já perdi com golos que não entraram. De vez em quando também tem de nos tocar a nós a lotaria”, defendeu.

Em declarações à SIC, Mourinho assumiu que o sofrimento para o jogo da segunda mão das meias-finais começou logo em Vigo. “Quando podes ganhar por 3-0, 4-0 e terminar a eliminatória e não o fazes começa o sofrimento. No primeiro jogo, jogámos muitíssimo bem. No jogo de hoje, o Celta foi melhor que nós. Foi mais desinibido, sentiu menos a pressão. Arriscou tudo o que tinha a arriscar”, completou.

O técnico recordou que os 14 jogos disputados na Liga Europa hipotecaram as hipóteses de os ‘red devils’ terem um resultado melhor na liga inglesa, mas também colocaram o clube numa final.

“Passa-me pela cabeça que tem sido um ano estranho para mim, porque pela primeira vez não estou com a família. Passa-me pela cabeça que tenho saudades da minha família e esta é a minha recompensa. Voltar a uma final europeia sete anos depois é uma recompensa por um ano de sacrifício a esse nível. E no clube... Digo sempre que é mais difícil apanhar um gigante em queda e voltar a pô-lo de pé, do que apanhar um homem normal com todas as condições para se tornar um gigante. Já me aconteceu noutros gigantes e este é um difícil”, salientou ainda à SIC.

Sobre o Ajax, o adversário que irá encontrar na final de Estocolmo, a 24 de maio, Mourinho reconheceu à Sport TV que os holandeses, que hoje eliminaram o Lyon, partem em vantagem.

Para já, a batalha é que o Ajax vai terminar o campeonato no domingo e vai ter duas semanas para preparar a final e nós temos o presente da ‘Premier League’, de jogar três jogos em oito dias, com o último a ser jogado dois dias antes da final. Para começar, começamos atrás. Vamos ver se passamos à frente”, concluiu.