I Liga/Balanço: Toni diz que Benfica «abanou, mas não caiu»

“Houve alguns momentos em que o Benfica vacilou. Há três ou quatro momentos em que o Benfica abanou, mas não caiu, e são momentos que o FC Porto não soube aproveitar”, defendeu a antiga glória do clube lisboeta à agência Lusa.

As derrotas nos estádios do Vitória de Setúbal e do Marítimo e os empates na receção ao Boavista e em Paços de Ferreira foram, para Toni, momentos-chave de uma temporada que, “em termos exibicionais, tal como aconteceu com os outros, não teve a exuberância da época passada”.

“O campeonato é uma maratona, uma prova de resistência e de regularidade. Sem ser um (grande) Benfica em termos exibicionais, acabou por oscilar menos do que os seus mais diretos rivais e dai que tenha todo o mérito pela conquista do título”, observou.

Toni até considerava o Sporting como o principal favorito, “atendendo aos três meses finais da época passada”, mas o rival lisboeta ressentiu-se da inconstância de William Carvalho e Adrien e das saídas de João Mário e Slimani, ainda que Bas Dost, melhor marcador do campeonato, tenha sido “uma agradável surpresa”.

“O FC Porto estava numa fase de reconstrução e houve algumas situações que não me parece terem sido resolvidas. Veja-se os casos de Brahimi e do ponta-de-lança, porque o FC porto só melhora com a vinda de Soares”, assinalou.

Tricampeão por duas vezes como jogador (1971/73 e 1975/77), aos quais se juntam os títulos conquistados em 1969 e 1981 e, como treinador principal (1989 e 1994), Toni defendeu que o ‘tetra’ só foi possível porque “há uma estrutura que suporta o futebol do Benfica e faz com que esteja mais próximo do sucesso”.

“Este ciclo em que o Benfica está mergulhado - ciclo positivo -, vai em quatro anos e é fruto da estabilidade do clube e de uma política técnica que tem sido bem-sucedida, independentemente das saídas e das entradas” de jogadores, sustentou o ex-jogador e antigo treinador ‘encarnado’.