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FC Porto apresenta prejuízo de 35,3 milhões de euros no último exercício

O FC Porto SAD apresentou hoje um prejuízo consolidado negativo de 35,315 milhões de euros, referente ao exercício terminado a 30 de junho, o que representa um desagravamento face aos 58,411 milhões negativos do ano anterior.

FC Porto apresenta prejuízo de 35,3 milhões de euros no último exercício

Na nota prévia à apresentação das contas de 2016/17, no Estádio do Dragão, o administrador portista Fernando Gomes deu conta da renegociação com a UEFA do pressuposto de ‘fair-play’ financeiro a que o clube está obrigado e que foi “bastante favorável”.

O clube acordou com a UEFA ‘limpar’ o exercício anterior, na ordem dos 58 milhões de euros negativos, e estabeleceu um novo compromisso com a redução faseada a quatro anos, estimando 30, 20, 10 e zero milhões de prejuízo, tendo em vista a consolidação financeira.

Apesar do prejuízo consolidado apresentado hoje ascender aos 35,315 milhões de euros, o clube cumpriu com a primeira etapa do acordo de ‘fair-play’, já que a UEFA não inclui os custos com a formação, amortizações e impostos sobre rendimentos, pelo que o valor final se fixou em 25 milhões de euros.

O ‘cash-flow’ operacional regressou a terreno positivo, atingindo já os 22,751 milhões de euros. Para este resultado contribuíram o aumento das receitas por via da participação nas provas da UEFA, as vendas de André Silva e Rúben Neves, e a diminuição dos custos, designadamente com pessoal.

Os proveitos operacionais da SAD portista, excluindo as receitas com passes, cresceram 23,186 milhões de euros, atingindo 98,997 milhões de euros, essencialmente graças ao acréscimo das receitas obtidas pela participação na Liga dos Campeões, que quase triplicaram, atingindo os 30,837 milhões. No ano anterior haviam-se ficado pelos 11,603 milhões de euros.

Os custos operacionais, excluindo os passes dos jogadores, reduziram-se em 2,547 milhões de euros e as rubricas relacionadas com os passes sofreram um decréscimo de 2,591 milhões para um saldo líquido de 4,511 milhões de euros.

Significativa é também a diminuição do capital próprio consolidado da SAD, que é, agora, negativo em 9,135 milhões de euros. Um valor que representa uma redução de 34,999 milhões, “pela incorporação do resultado líquido obtido no período”, justifica a SAD portista.

O ativo cresceu 3,380 milhões de euros, face a 30 de junho de 2016, e situa-se, agora, nos 378,425 milhões. Uma evolução que se deve ao “aumento do valor registado em caixa na data de fecho do exercício e do valor contabilístico do plantel”, que atinge, atualmente, os 96,719 milhões.

O ano fica, também, marcado pelo crescimento do passivo em 38,379 milhões de euros, com a SAD a atingir um passivo total de 387,560 milhões.

O FC Porto anunciou ainda ter liquidado a última prestação do projeto financeiro para a construção do Estádio do Dragão, “pelo que este se encontra totalmente pago”.

Fernando Gomes acredita que o clube possa voltar a terrenos positivos ainda antes do acordado com a UEFA, ao abrigo do novo acordo de ‘fair-play’ financeiro, e revelou que, para o próximo ano, o FC Porto ‘limpou’ já 20 milhões, com a desvinculação de 26 jogadores ligados contratualmente aos ‘dragões.

O administrador atribui o momento em que o clube se encontra aos “contratos com jogadores incomportáveis para a SAD” a menos que todos os anos se realizassem mais-valias através de vendas e desmembramento do plantel, com prejuízo para o rendimento desportivo.

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