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MP acusa 22 arguidos de homicídio no caso da morte de Marco Ficini

O Ministério Público acusou 22 arguidos de homicídio, de participação em rixa, de dano com violência e de omissão de auxílio, crimes cometidos junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, aquando da morte do adepto Marco Ficini, foi hoje anunciado.

MP acusa 22 arguidos de homicídio no caso da morte de Marco Ficini

Marco Ficini pertencia à claque do clube italiano Fiorentina 'O Club Settebello' e era adepto do Sporting, morreu após um atropelamento e fuga junto ao Estádio da Luz, na sequência de confrontos ocorridos naquela noite, horas antes de um jogo entre o Sporting e o Benfica, da 30.ª jornada da I Liga, da época anterior, no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

“No essencial está indiciado que, no dia 24.04.2017, durante a madrugada, sendo esse dia de jogo entre os clubes do Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica, nas imediações do Estádio de José de Alvalade e a Rua Padre Cruz, um grupo de adeptos benfiquistas confrontou-se com um grupo de adeptos sportinguistas”, refere uma nota publicada hoje na página da internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

O principal arguido é Luís Pina, de 35 anos e com ligações à claque do Benfica 'No Name Boys'. Entregou-se à Polícia Judiciária a 27 de abril, alguns dias após o atropelamento mortal, acompanhado pelo seu advogado. Luís Pina é o único arguido em prisão preventiva desde 29 de abril deste ano.

“Durante os confrontos e perseguições desencadeadas, um dos arguidos, adepto de um clube, embateu com o seu veículo e passou por cima do corpo da vítima, adepto de outro clube, provocando-lhe lesões que foram causa direta e necessária da sua morte, tendo abandonado o local sem lhe prestar qualquer auxílio”, acrescenta a PGDL.

Contactado pela agência Lusa, o advogado de Luís Pina disse que o seu constituinte está acusado de um crime de homicídio qualificado na forma consumada e de um crime de omissão de auxílio (relativos à morte de Marco Ficini), e de quatro crimes de homicídio na forma tentada, os mesmos pelos quais ficou indiciado após o primeiro interrogatório judicial.

A 29 de abril, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa aplicou a medida de coação mais gravosa a Luís Pina, depois de presente a primeiro interrogatório judicial, tendo o arguido ficado indiciado, na ocasião, de um crime de homicídio qualificado na forma consumada, de quatro crimes de homicídio qualificado na forma tentada e de omissão de auxílio.

Quatro dos arguidos, adeptos do Sporting, estão acusados de dano com violência, por danificarem o carro do principal arguido, durante os confrontos.

Os restantes arguidos estão acusados pelo Ministério Público de participação em rixa.

O MP requereu que os 22 arguidos sejam julgados por um tribunal coletivo.

O inquérito foi dirigido pelo MP na 11ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

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