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CAF passa a pagar árbitros que apitam jogos oficiais em Cabo Verde

A Confederação Africana de Futebol (CAF) vai passar a pagar diretamente as equipas de arbitragem que se desloquem a Cabo Verde para dirigir jogos oficiais de seleções, disse hoje, na cidade da Praia, o presidente da organização.

CAF passa a pagar árbitros que apitam jogos oficiais em Cabo Verde

"Ao nível dos oficiais do jogo (equipas de arbitragem), vamos aliviar a federação desse encargo. É a CAF que lhes vai pagar diretamente. Foi um problema que identificámos e trouxemos a solução", adiantou Ahmed Ahmed.

O presidente da CAF falava aos jornalistas, na cidade da Praia, após um encontro com o presidente da república de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, naquele que foi o primeiro ponto da agenda de dois dias de visita a Cabo Verde.

Até agora, era a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) que pagava as equipas de arbitragem - (quatro árbitros) e um comissário - de outros países que deslocavam a Cabo Verde para apitar os jogos da seleção organizados pela CAF.

Cada um dos elementos recebia 800 dólares (643 euros), o que dava um total de quatro mil dólares (3.268 euros) que a FCF tinha de pagar em cada jogo da CAF realizado no país.

Nas primeiras declarações aos jornalistas em Cabo Verde, Ahmed Ahmed sublinhou o desenvolvimento do futebol cabo-verdiano nos últimos tempos e prometeu trabalhar com a federação nacional para ver quais as dificuldades que ainda persistem para, em conjunto com a FIFA, implementar algum projeto de desenvolvimento no país.

Para já, o presidente da CAF também prometeu apoiar o país na organização do seu futebol interno e também a recuperar novos jogadores de nacionalidade do país para que possam participar em jogos da seleção nacional.

Ahmed Ahmed, de Madagáscar, foi eleito em março do ano passado presidente da CAF, substituindo o camaronês Issa Hayatou, que liderava a confederação desde 1988.

Traçou como propósitos do seu mandato trazer mudanças para reformar a CAF e alavancar o futebol africano para uma nova era.

Para isso, considerou que todos os 54 países são importantes para a organização, mas afirmou que se deve dar atenção aos considerados pequenos, como Cabo Verde, para que, em conjunto, possam recuperar algum atraso que ainda persiste.

"Não podemos desenvolver o futebol se houver decalagens entre os países. É preciso que esses países possam desenvolver para que haja um espirito de parceria e um programa coerente para o desenvolvimento do futebol", mostrou o dirigente na sua primeira visita a Cabo Verde.

Durante a sua estadia de cerca de 48 horas em Cabo Verde, o presidente da CAF terá encontros ao mais alto nível, com o presidente da república, o primeiro-ministro, o ministro do Desporto e a federação e ainda visita infraestruturas desportivas na Praia e em São Vicente.

O presidente da FCF, Mário Semedo, destacou a "importância enorme" da visita do presidente da CAF a Cabo Verde, esperando discutir "questões concretas" sobre o desenvolvimento do futebol cabo-verdiano e ter apoio também da FIFA para alguns projetos no país.

Eleito em outubro do ano passado e regressando a um cargo que desempenhou durante 16 anos, até 2015, Mário Semedo apontou o novo modelo do campeonato nacional e o licenciamento dos clubes como projetos "extremamente importantes e estruturantes" para o desenvolvimento do futebol cabo-verdiano nos próximos tempos.

"O presidente Ahmed disse que um dos eixos do seu mandato é aproximar as federações da CAF e é isso que é importante. Temos é que trabalhar, apresentar projetos e esta visita nos encoraja a trabalhar e a acreditar cada vez mais num futuro cada vez mais risonho para o futebol cabo-verdiano", afirmou, dizendo que a visita do dirigente máximo do futebol africano ao país é também um sinal de "encorajamento, confiança e de amizade".

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