Crónica: FC Porto vence Rio Ave com goleada alicerçada no primeiro tempo

A equipa de Sérgio Conceição mostrou que a pesada derrota de meia da semana, frente ao Liverpool (5-0), para a Liga dos Campeões, não fez mossa no grupo, e logo nos primeiros 45 minutos construiu uma vantagem expressiva, com os golos de Sérgio Oliveira, aos 02 minutos, de Soares, aos 22, e de um autogolo de Marcelo, aos 34.

Na segunda metade, apesar dos vila-condense ainda terem, numa fase inicial, reequilibrado os acontecimentos, foram, de novo, os locais a mostrarem mais eficácia, ampliando a vantagem com os golos de Marega, aos 72, e de Soares, que bisou, aos 84.

Com este triunfo, o FC Porto, que ainda tem a segunda parte do jogo, da 18.º jornada, com o Estoril por disputar, recuperou o primeiro lugar com que entrou para esta jornada, somando agora 58 pontos, mais dois que o Benfica, que segue em segundo, e mais quarto que o Sporting, que está em terceiro, mas só joga na segunda-feira, frente ao Tondela.

Já o Rio Ave, apesar do desaire, mantém o quinto lugar na Liga, com 36 pontos, mas viu aproximar-se o Desportivo de Chaves, que segue em sétimo lugar, com apenas menos 3 pontos que os vila-condenses.

Os ‘azuis e brancos’, que neste jogo surgiram com o guarda-redes Casillas com a grande novidade no ‘onze’, rendendo José Sá, que perdeu a titularidade por opção de Sérgio Conceição após a goleada sofrida com o Liverpool (5-0), não poderiam ter uma melhor entrada no jogo, inaugurando marcador logo aos dois minutos.

Numa jogada trabalhada por Brahimi e Alex Telles, o lateral brasileiro cruzou para área, onde Soares desviou para o remate certeiro de Sérgio Oliveira, que abriu o primeiro rombo na ‘nau’ vila-condense.

O tento madrugador dos locais destabilizou a estratégia do Rio Ave, que se viu cedo obrigado em ir atrás de prejuízo e abrir espaços nas suas linhas mais recuadas que os ‘dragões’ aproveitavam.

Ao quarto de hora, Brahimi, de livre, faz bola embater nos ferros da baliza de Cássio, que, no minuto seguinte, viu Marcelo tirar em cima de linha de golo um remate de Herrera.

Nesta toada de pressão sobre o adversário, acabou por não surpreender o segundo golo do FC Porto, aos 22 minutos, num cabeceamento fulgurante de Soares, após canto apontado por Alex Telles.

A perder por 2-0, a tarefa do Rio Ave tornava-se cada vez mais complicada, e, mesmo ‘obrigados’ a pisar terrenos mais avançados, os comandados de Miguel Cardoso sentiam dificuldades para armar os seus contra-ataques.

A melhor ocasião dos vila-condenses, nesta primeira parte, surgiu perto dos 25 minutos, numa recuperação de bola de Francisco Geraldes, à qual Guedes não deu melhor sequência, rematado contra um adversário.

Do outro lado, o FC Porto não abrandava a sua pressão, e aos 34 minutos, praticamente sentenciou o desafio, num cruzamento de Marega, que o central Marcelo, com infelicidade, desviou para própria baliza, fixando o 3-0 com que se chegou ao intervalo.

No regresso para etapa complementar, o Rio Ave ainda tentou relançar do desafio, entrando mais desinibido, e dispondo, aos 48 minutos, de uma boa oportunidade, quando João Noavis, de livre obrigou Casillas a defesa apertada.

O guarda-redes espanhol voltou a estar em destaque, pouco depois, a suster um par de remates de João Novais e Barreto, numa fase em que o Rio Ave conseguiu reequilibrar o desafio e mostrar mais atrevimento nas suas saídas para o ataque.

A formação portista até permitia algumas veleidades ao adversário, mas mantinha a vantagem controlada e sempre que acelerava criava apuros para o último reduto do Rio Ave.

Numa dessas ocasiões, e na sequência de um livre após falta sobre Soares, os ‘azuis e brancos’ ampliaram vantagem, com Alex Telles a cobrar o castigo, e Marega a desviar de cabeça para o 4-0.

O novo tento do FC Porto voltou a quebrar o ânimo dos visitantes, que não mais conseguiram responder, permitindo um novo crescimento dos locais na fase final do encontro, sublinhado com o 5-0 apontando por Soares, que bisou aos 84.

O avançado brasileiro deu tons de goleada ao triunfo da equipa, com uma recarga preciosa a um remate inicial de Maxi Pereira, num lance que inicialmente foi anulado por alegado fora de jogo e depois validado por indicação do videoárbitro.