Crónica: Rio Ave e Tondela empatam em jogo de domínio repartido

Os vila-condenses foram mais fortes na primeira parte e, apesar de terem desperdiçado uma grande penalidade, por Guedes, já tinham antes se colocado em vantagem, com um golo de Diego Lopes, aos 25, a que Tomané, já na segunda parte, respondeu, restabelecendo o empate, aos 52, de grande penalidade.

Com este resultado, os vila-condenses não conseguiram ganhar terreno na consolidação do quinto lugar, mantendo a mesma posição, agora com 44 pontos, os mesmos que o Marítimo, que segue no sexto lugar.

Já o Tondela conquistou mais um ponto na sua luta pela manutenção, seguindo no 12.º posto, agora com 32 pontos, os mesmos com que terminou o campeonato na época passada.

Os locais até entraram mais pressionantes, mas só passaram a ter consequência nas suas movimentações ofensivas já perto do quarto de hora, quando Guedes surgiu em boa posição, mas rematou denunciado para intervenção do guarda-redes Cláudio Ramos.

Do outro lado, o Tondela, apesar de não se expor em demasia, mostrava-se astuto a explorar o contra-ataque e, aos 22 minutos, não fosse um corte providencial do central do Rio Ave Marcelo, a uma jogada individual de Miguel Cardoso, e os visitantes teriam soberana oportunidade para inaugurar o marcador.

O lance galvanizou os beirões, que a partir de então se soltaram um pouco mais, mas, quando estavam a reagir, sofreram um revés, quando Diego Lopes, servido por Guedes, inaugurou o marcador, com um remate à entrada da área, aos 25.

O tento destabilizou os comandados de Pepa, que demoraram a reajustar a estratégia e, aos 34 minutos, quase concederam o segundo golo, quando David Bruno agarrou Guedes na área, numa falta para grande penalidade.

O avançado do Rio Ave, que neste desafio cumpria 100 jogos na I Liga, quis assumir a responsabilidade, apesar das indicações do treinador Miguel Cardoso para que fosse Pelé a cobrar o castigo, e acabou por atirar denunciado para defesa de Claúdio Ramos.

A 'insolência' valeu ao atacante do Rio Ave um castigo imediato do técnico Miguel Cardoso, que o tirou do jogo e lançou Gelson Dala para os minutos finais da primeira parte, em que o 1-0 prevaleceu.

No regresso do descanso, os vila-condenses reentraram com menor fulgor, algo que o Tondela explorou bem para criar mais roturas na defensiva local, retirando dividendos dessa pressão aos 52 minutos, quando recuperou o empate.

Marcelo derrubou Tomané na área vila-condense, numa falta para grande penalidade que o próprio avançado do Tondela converteu no 1-1.

Com a igualdade instalou-se também uma fase incaracterística na contenda, em que o Tondela se mostrava mais afoito no ataque, mas sem suficiente arte para criar verdadeiro perigo, e o Rio Ave tentava responder, mas com pouco critério, sobretudo no último passe.

Esta toada, assim como o resultado, foi-se arrastando até ao final do desafio, apesar de nos últimos minutos ter pertencido aos visitantes umas das mais soberanas oportunidades do desafio, quando o guardião local Cássio esteve em destaque, negando, no mesmo lance, o golo a Pedro Nuno e Tomané, e mantendo o 1-1 final.