O Sporting venceu hoje o Qarabag por 2-0, na primeira jornada do Grupo E da Liga Europa de futebol, com uma exibição frouxa e pouco conseguida coletivamente, mas suficiente para ganhar a um adversário da ‘quarta divisão’ europeia.
Os dois lances de maior perigo criados pelo Sporting na primeira parte foram assinados pelo central Jerémy Mathieu, o primeiro logo aos oito minutos, na execução superior de um livre direto em que o guarda-redes brasileiro Vagner, ex-Boavista, evitou o golo com uma palmada para canto, e o segundo a surgir dentro da área sobre o lado esquerdo a oferecer o golo a Montero, com Vagner a defender o ‘calcanhar' do colombiano.
Este dado factual traduz o que foi o desempenho ofensivo do Sporting na primeira parte, lento nas saídas de bola, sem pingo de criatividade, sem conseguir ligar o jogo e presa fácil de uma equipa a defender em 4x5x1 com as linhas baixas e com a dose de agressividade necessária na pressão sobre o portador da bola.
O cerne da falta de dinâmica e criatividade residiu justamente no duplo ‘pivot' do meio-campo, Rodrigo Battaglia e Nemanja Gudelj, os quais, além da falta evidente de rotinas entre si, mostraram pouca criatividade e visão de jogo e não foram capazes de variar o jogo e dar-lhe profundidade.
Nos flancos, Nani e Rapinha bem tentaram suprir esse défice de criatividade, mas mais em ações individuais, de um contra um, quase sempre anuladas pelas dobras de uma equipa bem posicionada e agressiva a defender.
Acresce o facto de Bruno Fernandes, a jogar nas costas de Montero, também não se ter conseguido libertar das marcações dos adversários, muito duros na abordagem dos lances, usando o físico, o que deixou o ponta de lança colombiano desamparado.
Na segunda parte, foi notório que o Sporting entrou a imprimir mais velocidade às suas ações ofensivas, única forma de entrar naquele bloco defensivo, mas José Peseiro já tinha mandado ‘aquecer' Carlos Mané, Jovane Cabral e Abdoulay Diaby para proceder a alterações no ataque.
Acontece que o Sporting chegou ao golo ao minuto 54, num dos raros lances em que Nani se conseguiu libertar e fazer o cruzamento para o segundo poste, onde surgiu Raphinha a empurrar a bola para o fundo das redes, o que levou o técnico do Sporting a recuar na intenção de mexer na equipa.
Dois minutos depois, Gudelj quase ofereceu o golo do empate ao Qarabag, mas o guarda-redes Salin salvou a situação.
O golo transmitiu maior confiança aos jogadores do Sporting e a tentativa do Qarabag, anda que ténue, de tentar chegar ao empate permitiu que começassem finalmente a aparecer espaços livres no último terço do seu meio-campo, aproveitados pelo Sporting para ameaçar o 2-0.
O segundo golo podia ter chegado aos 82 minutos numa cabeçada de Ristovski a rasar o poste, a cruzamento de Bruno Fernandes, e chegou aos 88, por Jovane Cabral, numa jogada de contra-ataque iniciada em Acuña e concluída pelo jovem avançado ‘leonino', que tinha acabado de substituir Nani.
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